Por daniela.lima

Rio - O Anima Mundi, que começa amanhã, no Rio de Janeiro, completa 23 anos de atividades confirmando a condição de maior festival de animação da América Latina. Até o dia 15, o evento exibirá mais de 480 produções de todo o mundo e sobretudo revelará as novidades produzidas no Brasil, que em 2013 e 2014 venceu o festival internacional de Annecy, na França, com as consagrações respectivas de ‘Uma Historia de Amor e Fuga’, de Luiz Bolognesi, e ‘O Menino e o Mundo’, de Alê Abreu. O Festival de Annecy, vale lembrar, é simplesmente o maior festival de animação do mundo.  

‘Uma Historia de Amor e Fuga’%2C de Luiz Bolognesi%2C é um dos destaquesReprodução Internet


Dentre os destaques deste ano, há desde a concorrida adaptação de ‘O Pequeno Príncipe’, exibida com pompa e circunstância no último Festival de Cannes, até o inventivo curta de Marcelo Mourão ‘Até a China’. Os dois exemplos constatam a diversidade do Anima Mundi. Enquanto o filme inspirado no clássico de Antoine de Saint-Exupéry, dirigido por Mark Osborne, o mesmo de ‘Kung Fu Panda’, exibe a excelência técnica de uma produção milionária, o filme de Mourão sustenta o relato cômico e inspirado de uma visita à China com o inventivo uso do traço a lápis. Apesar dos distintos recursos de produção, ambos são programas obrigatórios. 

Mas o Anima Mundi, além de exibir e sintonizar o espectador com o melhor da produção mundial, cumpre uma importante função social ao promover eventos educativos em parcerias com escolas. O caráter essencialmente lúdico e de forte apelo artesanal das animações desperta no público infantojuvenil o interesse tanto pelo conteúdo como pela realização de produções originais, responsável pelo surgimento de um saudável espírito competitivo entre as entidades de ensino do Rio de Janeiro. 

Neste sentido, o projeto Anima Escola afirma-se como importante alavanca social de estímulo à criatividade. Por intermédio dele, o Anima Mundi promove cursos para professores e alunos. O curso básico para professores apresenta a linguagem da animação para os professores e suas possibilidades de utilização na escola. Já as oficinas de animação para os alunos oferece aos estudantes a possibilidade de conhecer técnicas básicas como pixilation, zootrópio e massinha. 

Ao ampliar seus objetivos para além das projeções, o Anima Mundi assume a condição de instrumento para formar uma nova geração de público e, sobretudo, promover o interesse pela animação como atividade profissional. Em suma, é um evento que qualifica o calendário cultural da cidade, proporcionando lazer aliado ao conhecimento. Até o dia 15, portanto, o Rio se transforma na capital do mundo animado. Resta aos cariocas prestigiar.

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