Por luis.araujo
Rio - Dia desses fui procurar uma letra de música da Ivete no Google e a primeira busca que entrou prontinha para mim foi ‘Ivete com ciúme’.
Sim, a demonstração de ciúme da Ivete Sangalo viralizou. Pra quem não sabe ainda, a Ivete dava um show no primeiro dia do ano na Bahia quando viu seu marido na plateia de papo com uma ‘fulustreca’ e falou: “Quem é essa aí, papai? Tá cheia de assunto hein? Vou lançar a mão na cara! (...) Quem é essa daí? Conversando pra c&%# !”
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Ciúme é o mais humano de todos os sentimentos. Pode vir com papo de amor livre, relação aberta, swing, “sou-madura-sou-segura-não-tenho-ciúmes”, pode até cantar que “o ciúme é o estrume do amor” que ele não muda. Tá lá firme feito uma rocha, antigo como o mundo o tal ciúme.
E como dizia um amigo meu sabido de relações humanas, ciúme todo mundo tem, o que não se pode é passar recibo. Ou seja, segura a onda e não demonstra nada. E aí a gente entra no campo do orgulho e do amor próprio, porque se todo mundo tem ciúme e se o ciúme é algo tão fisiológico como ter fome, sede e sono (e outros desejos mais) porque não deixar transparecer. Alguém deixa de passar recibo da fome ou do sono?
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Bem, o fato é que a Ivete Sangalo passou recibo. Mais do que dar bandeira, ela fez a Shakira (Loca, loca, loca) lá de cima do palco. Pode ter sido a fúria cega que se sobrepôs à razão orgulhosa ou à autoestima racional. Ah, a raiva, aquele teto preto que baixa e que também é velha como Matusalém... Ivete, todos e todas entendemos bem você. Acontece. Nada mais ético, digno e autêntico do que ter reações... transparentemente humanas. #SomostodosIvete