Por karilayn.areias

Rio - Em alguns shows do radialista Pedro Augusto, como o que ele faz domingo, às 16h, na quadra da Beija-Flor de Nilópolis, ele consegue reunir 30 mil fãs. Todos bastante fiéis, a Pedro e à fé católica que ele, conhecido como ‘o romeiro de Aparecida’, expressa de segunda a sábado em seu ‘Show do Pedro Augusto’, das 13h às 15h na Rádio Tupi AM (1280) e FM (96.5).

Pedro Augusto faz shows para 30 mil fãs%3A união entre católicos%2C evangélicos e espíritas por “palavra de conforto”Divulgação

“O carioca é um excelente ouvinte. É como se fôssemos da mesma família”, conta Pedro, nascido em Ribeirão Preto (SP), onde começou a carreira de radialista. Há 25 anos, está na Tupi. “Quando vim para o Rio, temi por aquela rivalidade com São Paulo. Mas o carioca me recebeu muito bem. E olha que ainda tenho aquele ‘r’ puxado do caipira, falo ‘porrrta’”, brinca.

O DIA acompanhou Pedro nos estúdios da Tupi durante uma tarde. Ele chega ao meio-dia e dá uma lida nas pautas preparadas por sua equipe (três produtores e um operador de som). A primeira metade do ‘Show’ é de mundo bizarro e jornalismo policial. No programa, Pedro lê as notícias de modo teatralizado, faz rir com imitações, vinhetas e com uma buzina, que deixa ao lado do microfone.

“É como o ‘Meia Hora’, que é craque nisso, né?”, brinca, elogiando bastante seu operador Alcir Ferreira. “Ele é a alma do programa”, diz. Alcir solta vinhetas com tiros quando Pedro narra casos policiais e cuida da programação musical, que inclui flashback, paródias de sucessos (como ‘Pelados em Santos’, dos Mamonas Assassinas) e faixas dos CDs gravados por Pedro, também cantor.
“Foi um atrevimento cantar. Mas gravo só canções católicas”, conta.

Às 14h, Pedro inicia a oração à Nossa Senhora de Aparecida. Pede ao ouvinte que coloque a mão no rádio, “como se estivéssemos de mãos dadas com Jesus de Nazaré”, diz ao vivo. “O carioca gosta de piada, mas é religioso. E também adora o ‘Socorro Pedro Augusto’, que é nosso quadro de serviços. Resolvemos em dois dias problemas de falta d’água que já duravam três meses”, conta Pedro, garantindo unir religiões em seus shows e orações.

“Católicos, evangélicos e espíritas tiram fotos comigo, querem uma palavra de conforto”, garante. 

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