Musical fez homenagem ao grupo Mamonas Assassinas, que morreu em acidente aéreo há 20 anos. O ator Ruy Brissac foi escolhido para interpretar Dinho, vocalista da banda, e impressionou pela semelhança física
Por bianca.lobianco
Rio - O ano de 2016 teve as estreias de Luiza Possi como atriz e Ney Latorraca como diretor. Além disso, tributos e o retorno de Tarcísio Meira aos palcos após duas décadas afastado também marcaram o mundo das artes este ano. Confira a retrospectiva que O DIA preparou:
AS CADEIRAS
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O espetáculo marcou a estreia de Ney Latorraca como diretor, aos 72 anos, após 52 de carreira. “Dirigir era o que estava faltando. Um ciclo que se completa”, conta. Na peça, um clássico do teatro do absurdo de Eugène Ionesco, ele dirigiu os atores Tássia Camargo e Edi Botelho, que viveram um casal de idosos que, para aliviar os momentos solitários da velhice, revivem histórias do passado.
60! DÉCADA DE ARROMBA - DOC. MUSICAL
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Pela primeira vez num palco, à frente de um elenco, Wanderléa comemorou 50 anos de carreira e 70 de idade. Em sua estreia, a maior representante da Jovem Guarda, um dos principais movimentos musicais da década de 1960, interpreta ela mesma: “Fiquei emocionada em receber esta homenagem justamente quando a Jovem Guarda completa 50 anos”.
RENATO RUSSO, O MUSICAL
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Reestreou em 11 de outubro, data que o artista completou 20 anos de morte. Bruce Gomlevsky revive o papel-título 10 anos depois da estreia do musical solo. “Renato continua causando comoção nas gerações de hoje”, opina Bruce.
LADY CHRISTINY
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Com Alexandre Lino e direção de Maria Maya, o monólogo conta a trajetória de Celso Marques, um homem que se travestiu e manteve uma postura atípica junto à família, mas sempre prezando o respeito. O ator diz que o momento é mais que oportuno. “Existe dificuldade na convivência com as diferenças de maneira isenta de julgamentos. A intolerância predomina. Mas as pessoas e suas histórias não podem ser invisíveis”.
DIVAS, O MUSICAL
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Marcou a estreia da cantora Luiza Possi como atriz, ao lado de Jeniffer Nascimento e Nikki (ex-‘The Voice’). O musical levou para a cena canções de Madonna, Cher, Whitney Houston, Donna Summer e Beyoncé.
Luiza garante que está abrindo um novo caminho:“Quero continuar investindo na atriz”, revelou.
CARAVANA TONTERIA
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Letícia Sabatella completou 25 anos de carreira e se apresentou ao lado do marido Fernando Alves Pinto no Rio, num show com 15 músicas, das quais oito composições são de sua autoria. No palco, ainda canções de Chico Buarque e Carlos Gardel. “Música é remédio para mim”, contou a atriz.
30 ANOS DO GRUPO NÓS DO MORRO
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Fundado por Guti Fraga, completou três décadas fazendo arte e formando artistas. Este ano, fizeram uma grande mostra gratuita para o público. “Não é só um grupo de teatro. É um grupo com filosofia de vida. Um coletivo, de ideias multiplicadoras”, esclareceu Guti.
O CAMAREIRO
Tarcísio Meira quebrou o jejum de 20 anos e voltou ao teatro comemorando 80 anos de vida e 60 de carreira, em comovente texto de Ronald Harwood sobre o universo teatral, ao lado de Kiko Mascarenhas, que o convidou: “As pessoas reconhecem nele tudo que o personagem precisava. Fez lindamente”.
O MUSICAL MAMONAS
Foram escolhidos 16 atores entre 1.500 que participaram dos testes para escolha do elenco. Ruy Brissac, Adriano Tunes, Yudi Tamashiro, Elcio Bonazzi e Arthur Ienzura formaram o quinteto que teve uma carreira apoteótica nos anos 90 e que, num terrível acidente aéreo, há 20 anos, deixou a cena pop brasileira.
GAROTA DE IPANEMA, O AMOR É BOSSA
Musical com texto de Thelma Guedes, direção de Gustavo Gasparani e supervisão de Roberto Menescal, levou para cena os atores Leticia Persiles e Thiago Fragoso como protagonistas da história de amor passada nos anos 60. Inaugurou o palco do Teatro Riachuelo Rio, antigo Cine Palácio, tombado pelo patrimônio histórico, após dois anos de obras.