Rio - Com repertório de músicas de Marisa Monte e sob direção de Guilherme Leme Garcia, a mais famosa história de amor de todos os tempos virou musical e fica no palco do Teatro Riachuelo Rio até 27 de maio.
A adaptação 'Romeu e Julieta', em formato inédito no país para o clássico de William Shakespeare, é estrelada por Bárbara Sut e Thiago Machado, vivendo o apaixonado casal. O elenco também tem Ícaro Silva como Mercúcio. Na versão em cartaz na cidade, o trágico amor dos pombinhos é embalado pelas canções de Marisa Monte.
"Eu amo Marisa Monte. Toda vez que alguma música toca no rádio, logo me remete a algum momento da minha vida", confessa Bárbara. "E quando a conheci na estreia, foi uma emoção inesquecível. Que artista linda!"
A atriz comenta sobre o papel que sonhou fazer um dia. "É um texto atemporal, uma peça poderosa e que, tratando dessa rivalidade sem explicação entre as duas famílias e de como o amor é a solução para o ódio, nos dá algumas lições para pensarmos como estamos vivendo hoje", diz.
"É uma personagem que já não imaginava fazer. Teve uma peça na escola que me colocaram para fazer a Ama. Todas as meninas fizeram a Julieta, mas eu era muito alta. Teoricamente, eu também não tenho o perfil do que se espera de Julieta, né? Itália medieval, uma Julieta negra? Por isso, me sinto muito honrada de ter essa oportunidade. É um papel que eu pensava ser meio inacessível para mim", confessa.
REPRESENTATIVIDADE
A carioca de 21 anos foi morar em Curitiba, no Paraná, aos 3. E foi lá onde começou a carreira, aos 9. "Sempre cantei. Quando era bem pequena, minha mãe organizava alguns saraus e encontros artísticos lá em casa. Eu já fazia cenas e cantava de brincadeira. A diferença é que, ao contrário do teatro, demorei mais tempo a perceber o canto como algo além de uma brincadeira. Quando voltei ao Rio, comecei a ter mais contato com teatro musical", lembra.
Bárbara salienta a representatividade artística e pessoal do atual trabalho: "Fazer Julieta significa poder unir o trabalho com o universo de sonho, o meu universo lúdico, e tudo isso trabalhando. Além disso, me torno um espelho para outras pessoas, que passam a enxergar e acreditar em possibilidades surgindo. Muitas pessoas me dizem no fim do espetáculo que, ao ver uma Julieta negra, se sentiram representadas. E isso me deixa feliz".
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