Débora Bloch - João Miguel Júnior/TV Globo
Débora BlochJoão Miguel Júnior/TV Globo
Por Gabriel Sobreira

Rio - De uma religiosa fervorosa a uma mulher em busca do prazer. Quem acompanha a supersérie 'Onde Nascem os Fortes' está ligado na transformação de Rosinete (Débora Bloch). Ela já perguntou para a motorista como ela se realiza na cama; teve uma alucinação com a amante do marido, ouvindo a rival dizer que tem orgasmos com o infiel; e de raiva deu o troco e se deitou com o primo, Ramiro (Fábio Assunção). Rosinete agora ficou encantada por Simplício (Lee Taylor) no bar do tio do rapaz. No capítulo de hoje, ela vai procurar o fora da lei e, na sexta-feira, eles transam.

"Acho que ela está tentando se libertar dos seus padrões, está em busca de mudança, de prazer, de ser feliz. Ela está dando uma sacudida na vida dela", analisa Débora. "Rosinete está num casamento em que o marido, Pedro (Alexandre Nero), não olha para ela. Ele tem uma amante. Ela sabe, não se sente amada e desejada. Então, aparece Simplício, a seduz e a trata como uma mulher desejável. Ela volta a sentir um prazer que estava adormecido no seu casamento", completa a atriz, de 55 anos.

ASSASSINA?

A sua personagem pensa em abandonar o marido? "Ela considera essa possibilidade", responde Débora. Como a relação entre marido e mulher não está nada fácil, internautas chegaram a desconfiar de que Rosinete pudesse estar envolvida na morte de Nonato (Marco Pigossi) transformando Pedro em principal suspeito e puni-lo pela infidelidade.

"Ah, isso eu não sei. Teorias conspiratórias. Acho que vários personagens podem ser suspeitos", diz Débora, aos risos. Uma das cenas que chamaram a atenção do público foi quando a personagem faz sexo com o marido contra a vontade dela. "Não dou força para isso. Você tem que seguir o seu desejo, sua vontade. Não acho muito interessante essa condição de fazer para agradar o outro. O sexo é para os dois. Não vejo muito sentido em você transar sem vontade", afirma. "Acho isso uma coisa tão pessoal. Cada casal tem a sua dinâmica. Mas acho que as pessoas têm que buscar o prazer", acrescenta.

Débora espera que, ao abordar a redescoberta da felicidade por Rosinete, possa ajudar mulheres que passam pelo mesmo tipo de situação em casa. "Às vezes, as pessoas estão infelizes no casamento e não veem saída, mas existem muitas formas de sair dessa situação. Não necessariamente a mesma forma que Rosinete", atesta.

PARADOXAL

Com todo esse gás na autoestima, a questão religiosa da personagem segue inabalável. Para Débora, o interessante é que a fé não é conflitante com a busca pela realização como mulher. "Ela é paradoxal, tem uma coisa conservadora, tradicional, do sentido religioso, mas tem uma mulher contemporânea ali, querendo se realizar. Querendo ter prazer, recuperar o prazer", frisa.

POEIRA

Débora Bloch acha engraçado que, quando ouve comentários sobre a supersérie, muitos falam sobre a poeira que aparece em cena, e a atriz entrega um segredo de bastidor.

"Quando a gente ia gravar, ainda tinha um contra regra que ficava jogando mais poeira na frente da lente, que era para a poeira realmente aparecer", revela, aos risos.

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