Musical 'O Frenético Dancin' Days', que estreia dia 24 de agosto, conta a história da boate Frenetic Dancing Days - fotos Divulgação
Musical 'O Frenético Dancin' Days', que estreia dia 24 de agosto, conta a história da boate Frenetic Dancing Daysfotos Divulgação
Por TÁBATA UCHÔA

Rio - Quem está com saudade de abrir as asas e soltar as feras na noite carioca já pode comemorar. O musical "O Frenético Dancin' Days" chega ao Teatro Bradesco, na Barra da Tijuca, no dia 24 de agosto e vai reviver os tempos de glória de uma das boates mais badaladas do Rio na década de 1970, a Frenetic Dancing Days Discotheque.

"O musical conta a história muito bonita e divertida de um bando de doidões que fazem uma discoteca de sucesso em 1976 e tem músicas e danças absolutamente sensacionais", garante Nelson Motta, um dos fundadores da extinta boate, que assina o texto da peça ao lado de Patrícia Andrade.

Musical 'O Frenético Dancin' Days', que estreia dia 24 de agosto, conta a história da boate Frenetic Dancing Days - Divulgação

No final dos anos 70, a cena disco já estava explodindo em Nova York, mas ainda não tinha chegado ao Brasil. A casa noturna foi responsável não só pela chegada deste movimento ao país mas também pelo surgimento do grupo As Frenéticas. 

Leiloca, Sandra Pera, Lidoca, Edyr, Dhu Moraes e Regina Chaves foram contratadas como garçonetes e, ao final da noite, faziam uma apresentação. O sucesso foi tanto que elas se tornaram "as rainhas da discoteca no Brasil". 

"Vínhamos de 12 anos de ditadura, censura e repressão. O Dancing Days foi uma ilha de liberdade e alegria. As pessoas estavam mesmo precisando soltar suas feras e cair na gandaia. As Frenéticas foram obra do acaso, e claro, do talento de seis garotas que eram atrizes desempregadas e começaram como garçonetes. No fim da noite, elas cantavam quatro músicas. Mas o sucesso foi tanto que a boate lotava de gente só para vê-las", lembra Nelson Motta.

Musical 'O Frenético Dancin' Days', que estreia dia 24 de agosto, conta a história da boate Frenetic Dancing Days - Divulgação

A surperprodução, que marca a estreia da coreógrafa Deborah Colker na direção teatral, conta com 16 atores e sete bailarinos escolhidos através de audições, à exceção de Stella Miranda, uma das mais importantes atrizes de musicais do país, que foi convidada especialmente para o projeto.

"Participei da escolha dos atores e cantores, mas os bailarinos foram escolhidos por quem sabe: a Debinha (apelido carinhoso que usa para se referir à coreógrafa)", afirma Motta, que revela ter sido "bem estranho" escolher um ator para interpretar a si mesmo. Ainda assim, ele está confiante no trabalho de Bruno Fraga, o escolhido para o papel. 

"Ja 'me' vi no cinema (em 'Elis', interpretado por Rodrigo Pandolfo) e gostei. Agora é mais difícil porque é me fazer aos 32 anos, quando fizemos o Dancing. Nem eu lembro mais como eu era. Assim como todo o musical, é tudo pura fantasia. Inspirada por fatos reais, mas fantasia total contada em música e dança. Mas estou gostando muito do que vi com o Bruno Fraga, que é mais bonito e canta muito melhor do que eu", brinca o produtor. 

Sobre uma possível "nova onda disco", Nelson Motta garante que o gênero "nunca morreu". "(A música disco) Continuou influenciando novas gerações e se misturando com novas batidas. A disco eletro-acústica se misturou muito bem com a eletrônica em uma infinidade de variações. Está misturada a vários gêneros musicais", afirma. 

"O som dançante do momento é o funk, que está se espalhando pelo mundo como um produto carioca, e suas variações. E eu gosto muito! Especialmente de Anitta e Mr. Catra".  

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