Rio - João Nogueira volta ao Méier. E ao Imperator, lugar em que seu nome batiza um centro cultural. O ator e cantor Vagner Jacomo, homenageia seu trabalho com 'Malandro Tem Que Respeitar', mistura de show e musical, em única apresentação amanhã, às 16h.
"O show foi montado através de pesquisas e de textos meus. Não é só teatro nem só show, é como um teatro musicado. Tem uma parte que é só poesia, tem muitas lembranças do início da carreira do João, quando ele era funcionário público", conta Vagner, que evita usar o termo "tributo" para referir-se ao show.
"É porque aí eu estaria falando de uma coisa que já passou, nostálgica. Quero mostrar uma nova leitura de uma obra que continua viva. Através dos textos, tento trazer um pouco da lembrança de quem foi João, para as novas gerações. Mostro também como foram feitas as músicas, como era a criação delas", conta Vagner, que tem registro vocal grave, de barítono, igual a João - e conta com apoio da família do sambista morto em 2000.
O show tem direção musical do violonista Paulão 7 Cordas e inclui clássicos como 'Do Jeito Que o Rei Mandou', 'Nó na Madeira', 'E lá Vou Eu', 'Súplica', 'Poder da Criação', 'Sonho de Bamba' e 'Espelho'. "O repertório de João tem que ser mais divulgado. Os discos não estão mais em catálogo, nem tudo está nas plataformas de streaming", lamenta o cantor-ator.
FILME
Jacomo, em novembro, chega aos cinemas com 'Intervenção', dirigido por Caio Cobra e roteirizado por Rodrigo Pimentel, sobre a criação das UPPs no Rio. No filme, interpreta um policial, e ainda tem uma música na trilha, 'Borogodó'. "É um trabalho autoral de sambalanço", diz ele, procurando patrocínio para continuar com 'Malandro'.
