Ingrid Guimarães - Juliana Coutinho/Divulgação
Ingrid GuimarãesJuliana Coutinho/Divulgação
Por Gabriel Sobreira

Rio - Foi pensando em como gostaria de envelhecer dentro da comédia, e como foi o passar dos anos para os ídolos dela, que nasceu a série documental 'Viver do Riso', idealizado e comandado por Ingrid Guimarães, em exibição no canal Viva com episódios inéditos aos sábados, às 19h15, e reprises aos domingos, às 13h.

"A ideia era fazer uma homenagem em vida aos que vieram antes da gente, enquanto eles ainda estão aqui para nos alegrar", defende a apresentadora.

Para Ingrid, o programa é um panorama completo dos momentos mais importantes do humor. Desde o papel da mulher na comédia, até as duplas, o stand-up, o humor de internet, regional, de auditório, de bordão e tantos outros. "É uma homenagem ao Jô soares, ao Chico Anysio e aos Trapalhões", enfatiza ela, que continua em cartaz com o espetáculo 'Annie', em São Paulo, e que estreia em abril o longa 'De Pernas Pro Ar 3'.

Para a atriz e humorista, não há dúvidas sobre o que foi mais complicado na realização desse programa. "Conseguir espaço na agenda de 90 pessoas. Alguns ficaram de fora por questão de agenda. O Jô, por exemplo, foi o último. Não ia sossegar até conseguir que ele falasse", entrega.

ENTREVISTADOS

O bate-papo durava no mínimo 1h30, algumas vezes chegava até 2h. Ingrid diz que o humor é um assunto fascinante e quem o ama adora falar sobre ele. "A mais longa foi a do Jô, era para ficar meia hora e fiquei três horas. É muita inteligência numa pessoa só. É muita emoção entrevistar o Jô. Meu ídolo da infância", derrete-se ela, que lista Regina Casé como a musa da vida dela quando começou a ser comediante e Renato Aragão como maior ídolo infantil. "E Jô Soares. Sentei naquele sofá tantas vezes, trocar de papel não é fácil", diz.

Quem ficou de fora do programa foi Pedro Cardoso, porque mora em Portugal ("E é importantíssimo na história do humor", diz ela). Alguns outros que não conseguiram fechar agenda. "Pouquíssimos não toparam. Todos encararam como um projeto coletivo, uma contribuição à comédia", explica.

Ao final do projeto, Ingrid chegou à conclusão de que todo comediante carrega em si um olhar diferenciado sobre a vida. "Ser comediante é mais que uma profissão. É uma maneira de viver. E que todos carregam sempre até o fim um espírito infantil e uma inteligência crítica admiráveis", resume.

A ideia de Ingrid é que o programa não se limite ao canal Viva. Ela quer transformá-lo em um documentário para o cinema e exibir em outros canais. "Enfim, quanto mais gente ver, melhor", torce.

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