Nando Cunha e Antonio Pitanga na peça 'Filho do Pai'
 - Luiz Brown/Divulgação
Nando Cunha e Antonio Pitanga na peça 'Filho do Pai' Luiz Brown/Divulgação
Por Gabriel Sobreira

Rio - Uma relação entre pai e filho, que mais parecem estranhos do que pertencentes ao mesmo clã. Um encontro entre eles é pautado em um duelo de palavras, e que, aos poucos, se transforma em uma "queda de braço" repleta de tensão levando luz a um passado sombrio e com inúmeros conflitos mal resolvidos à tona. Assim é a peça 'Filho do Pai', com direção de Clarissa Kahane, que reestreia hoje e vai até o dia 5 de dezembro (sempre às terças e quartas), às 21h, no Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea. Amanhã, não haverá apresentação.

"Esse espetáculo é um presente neste momento em que me preparo para completar 60 anos de carreira e 80 de idade (em 13 de junho do ano que vem)", diz Antonio Pitanga, que divide o palco com Nando Cunha. "São dois atores negros num universo shakespeariano, onde não estamos discutindo a questão da dívida histórica. Para mim é um honra trabalhar com Nando, a nível de idade ele é um jovem, estou bebendo muito nessa fonte do conhecimento, do carinho e das relações", explica Pitanga.

Para Cunha, o sentimento de orgulho por trabalhar com o veterano é recíproco. "Estou muito feliz em realizar este projeto, que estava na gaveta há dez anos. Honrado em dividir o palco com Antonio Pitanga, um monstro do cinema e do teatro, um ator completo. Fizemos questão de reforçar o protagonismo negro e falar sobre a relação entre pai e filho", comemora ele, que vive um filho que ensaia a peça 'Hamlet', quando reencontra o pai.

"Ver esses dois grandes atores se deleitando com a minha dramaturgia é mais do que um privilégio, é um presente dos deuses do teatro. E isso tudo sobre a batuta da delicada e sensível diretora Clarissa Kahane. Sinto-me abençoado em ter essa oportunidade", derrete-se o autor Mauricio Witczak.

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