Gilberto Gil com o diretor Allê Gonçalves no ensaio do especial 'O Fino da Bossa'
 - Marcus Godoy/Record TV
Gilberto Gil com o diretor Allê Gonçalves no ensaio do especial 'O Fino da Bossa' Marcus Godoy/Record TV
Por Gabriel Sobreira

Rio - "Grandiosa". É assim que o diretor Allê Gonçalves define a importância de 'O Fino da Bossa', que marcou a história da música e da Record TV, durante os anos de 1965 e 1967. Nesse período, nomes como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Gilberto Gil, Dorival Caymmi, Elza Soares e Alcione, entre outros, participavam da atração comandada por Elis Regina e Jair Rodrigues. Hoje, pouco mais de 50 anos depois, às 23h15, a emissora exibe um especial em homenagem ao programa musical, com apresentação dos cantores Pedro Mariano, filho da Pimentinha, e Luciana Mello, filha do intérprete de 'Disparada'.

"Eles têm uma química ótima. São muito amigos. O Pedro tem humor e a Luciana, presença de palco", conta o diretor Allê Gonçalves, que teve dificuldades de conseguir imagens da época do programa original. "Nunca tive intenção de recriar nada, mas sim homenagear e manter o espírito do 'Fino da Bossa', que era receber convidados cantando com Elis e Jair. Misturamos pessoas que fizeram parte do programa e trouxemos Max Castro, Simoninha, Kell Smith e Iza para cantar clássicos da bossa nova e da Tropicália", explica o diretor. O especial conta ainda com participação de Marcos Valle, Fernanda Takai, Paula Fernandes, Simoninha, Projota, Roberta Sá e Diogo Nogueira, entre outros.

DESTAQUES

Allê Gonçalves afirma que não foram poucas as vezes em que ele e os convidados se emocionaram e acredita que o mesmo sentimento vai ultrapassar a telinha. "A música brasileira é riquíssima e precisamos resgatar o nosso amor de MPB de poesia", diz o diretor.

Um dos destaques do especial é a participação de Gilberto Gil, que irá se assistir em um vídeo recuperado no final do 3º Festival da Música Popular Brasileira, exibido pela Record, em 1967. "Na imagem, Gil conta como compôs 'Domingo no Parque', que ficou em segundo lugar e o propagou", diz o diretor, orgulhoso de ter encontrado a sequência. "O número da Elza Soares também será muito especial. Na véspera da gravação, ela estava no Prêmio do Multishow e chegou aqui com disposição e profissionalismo. Na hora em que ela soltou a voz, foi de arrepiar. Até lembrando me arrepio novamente", afirma.

"A TV precisava disso ('O Fino da Bossa'), perto do que se vê dos programas de música de hoje em dia. As pessoas vão falar: 'Ah, como era bom, como era maravilhoso'. Vai bater uma saudade daquelas", resume Allê Gonçalves, cheio de orgulho.

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