Hector Costita, Maurício Einhorn e Joseval Paes - Divulgação
Hector Costita, Maurício Einhorn e Joseval PaesDivulgação
Por O Dia

Rio - Com formação inédita na história do jazz, o trio que reúne Mauricio Einhorn (gaita), Hector Costita (sax tenor) e Joseval Paes (guitarra e violão) apresenta uma sonoridade original. Em destaque no repertório, composições de Einhorn e Costita, como “Batida Diferente”, “Estamos Aí” e “Impacto”, obras que marcaram a vertente instrumental da bossa nova: o samba-jazz. O show no Blue Note Rio, nesta sexta-feira, às 22h30, marca a apresentação de músicas inéditas de Mauricio Einhorn.

Feitas em parceria com Joseval Paes, composições como "Josevalsa" e "Samba da Ocidental" surgiram no segundo semestre de 2018, quando Paes passou a fazer viagens frequentes ao Rio para encontrar Einhorn. Nas reuniões, Paes aproveitou para resgatar músicas que o gaitista fez nos anos 1950 e que foram registradas apenas em fitas cassetes caseiras. As obras, nunca gravadas, também serão mostradas ao público.

O espetáculo é formado ainda por standards do jazz americano, da bossa nova e tangos argentinos. Neste momento, Hector Costita, que nasceu em Buenos Aires, também canta, evocando as raízes portenhas e relembrando parte de sua trajetória dos anos 1970, quando acompanhou Astor Piazzolla e fez parte da big band de Lalo Schifrin, na Argentina.

Nos standards americanos, os três compartilham a paixão por temas eternos, como “My Foolish Heart” e “Autumn Leaves”. Apoiados na condução de Joseval Paes, que combina simultaneamente solos, harmonia e linha de baixo, Einhorn e Costita soltam a criatividade na improvisação jazzística.

Quando chega a vez de Joseval Paes improvisar, a plateia se surpreende com o estilo original do artista, que alterna notas e acordes sem deixar de lado o acompanhamento harmônico.

A raiz do samba-jazz

O gaitista Mauricio Einhorn e o saxofonista Hector Costita fazem parte de um grupo de músicos que já tocava jazz nas principais boates do Rio e de São Paulo quando a bossa nova apareceu, no início dos anos 1960. Esses instrumentistas perceberam que era possível improvisar sobre os temas que surgiam naquele momento. O resultado foi a interpretação da música brasileira com base na improvisação jazzística.

Hector Costita participou da gravação do LP "Você ainda não ouviu nada!", de Sérgio Mendes e Bossa Rio (1964), considerado o maior marco do samba-jazz. Com arranjos de Tom Jobim e Moacir Santos, o disco traz versões instrumentais de obras como "Garota de Ipanema", "Ela é carioca" e "Corcovado".

Mauricio Einhorn também tem diversas gravações marcantes da época. Com Baden Powell, e no LP “Os Gatos”, outro marco do samba-jazz.

Serviço

Mauricio Einhorn, Hector Costita e Joseval Paes

11 de janeiro (sexta-feira), 22h30

Blue Note Rio: Av. Borges de Medeiros, 1424 - Lagoa

R$ 90 (R$ 45 meia)

Ingressos: http://www.tudus.com.br/evento/blue-note-rj-mauricio-einhorn-hector-costita-e-joseval-paes

Você pode gostar