Alex Escobar - Globo/ João Cotta
Alex EscobarGlobo/ João Cotta
Por Gabriel Sobreira

O primeiro Carnaval que Alex Escobar lembra de acompanhar bem foi o de 1985, ano em que a Mocidade foi campeã com o enredo 'Ziriguidum 2001'. Ele ficou fascinado. Mocidade é de Padre Miguel e Alex, de Bangu, bairros vizinhos. E ali começou um encantamento com as escolas de samba. Hoje, a partir das 22h30, na Globo, Escobar revive aquele mesmo sentimento de 1985 ao dividir com Fátima Bernardes, pelo terceiro ano, o comando da transmissão do desfile do Grupo Especial.

"Teremos um Carnaval grandioso, do mesmo nível dos últimos anos", promete o jornalista que, ao lado da colega de trabalho, visitou os barracões das escolas há algumas semanas. "Os carnavalescos usaram muita criatividade no material para fazer carros e fantasias", detalha.

BASTIDORES

Nesse tempo de visita, Alex e Fátima conversaram com os carnavalescos, conheceram os enredos mais profundamente e viram os carros de perto para entender exatamente a história que eles querem contar. "Depois, estudamos um pouco mais a fundo algumas outras questões que estão inseridas no enredo, como um personagem, por exemplo. Esse é o processo de todos os anos", completa.

BÍBLIA

Além desse "tour", a dupla ainda recebe um "livrão" com os desenhos dos carros, das fantasias, cada uma com descrição, e também das alegorias. "Não dá pra gravar tudo porque são 14 escolas com muita informação. Mas tanto eu quanto a Fátima fazemos várias anotações nas conversas que temos com os carnavalescos, e depois transferimos nossas anotações para esse livro, que nos acompanha na transmissão dos desfiles", entrega, com bom humor.

SAUDADE E REFRESCO

Escobar conta que a família dele entende bem o ofício, a correria e o tempo de estudo. "Fico com saudade do Chicão (o filho caçula, de 2 anos), mas são dois dias e passam rapidinho. A minha mulher, Thamine, é uma grande parceira e deixa tudo preparado para eu descansar, se preocupa com a alimentação, com o silêncio, o que contribui muito", derrete-se ele, que vai tirar uns dias de folga depois do Carnaval.

"Vamos para um lugar de praia, um pouco mais afastado, para descansar", planeja.

O apresentador elege o início do desfile como o seu momento favorito de toda a transmissão. Exatamente o momento em que uma escola termina e outro samba começa a ser cantado. "É muito gostoso de ver a empolgação dos primeiros setores, a escola quente, com sangue nos olhos", emociona-se.

NOVIDADE

Diferentemente dos outros carnavais, o estúdio da Globo terá uma nova localização na Marquês de Sapucaí, ainda mais perto dos desfiles, próximo ao portão de encerramento. Para Escobar, essa novidade deixará a transmissão "ainda mais quente". "O portão está embaixo do nosso estúdio, então vamos viver essa emoção e a aflição junto com a escola, no exato local do encerramento do desfile. Vai ser muito bom para acompanharmos mais de perto esse momento, que é sempre tão legal, principalmente quando dá certo".

PARCEIROS

O carioca de 44 anos diz que não tem nenhum ritual. Apenas toma alguns cuidados. "Evito o choque térmico na garganta, por exemplo. Se estou com a corda vocal muito aquecida, beber gelado não é legal. Procuro descansar nos dois dias anteriores, me alimentar de maneira leve", indica ele, que além de Fátima, terá a companhia de Milton Cunha e Pretinho da Serrinha.

"A Fátima é muito simples, tranquila, generosa, muito fácil de trabalhar. Com o passar dos anos, o entrosamento aumenta e tudo fica ainda mais fácil. O Milton Cunha é um carnavalesco super-respeitado, um especialista no assunto, e o Pretinho da Serrinha, um ritmista que entende tudo de bateria. É maravilhoso tê-los ao nosso lado para comentar a parte mais técnica dos desfiles. É uma honra trabalhar com esse time, só tem craque", elogia Escobar.

 

Você pode gostar
Comentários