Mônica Carvalho: 
beleza não atrapalhou 
a carreira - Divulgação
Mônica Carvalho: beleza não atrapalhou a carreiraDivulgação
Por Gabriel Sobreira
Rio - Por anos considerada símbolo sexual, Mônica Carvalho, 48, diz que o rótulo "não atrapalhou". "Às vezes, as pessoas querem colocar o rótulo, mas depende se você vai viver só disso. Ou se você vai aproveitá-lo para abrir mais portas", frisa a atriz, que está no ar em 'Jezabel', da Record, e é autora da peça 'Amor Humor, o Resto é Bobagem', que está em fase de captação e vai virar longa pela Paris Filmes. A produção começa até o fim do ano. "Serei uma das protagonistas", adianta ela, que escreve uma nova peça chamada 'O Amor Entre Elas', que estreia no fim do ano em São Paulo.
"Será que eu só trabalhei porque eu sou gostosa? Existem milhões de mulheres mais gostosas, mais jovens, mais bonitas do que eu. Não acho que só trabalhei porque sou gostosa. Mas se for, nem me incomodo porque quero continuar trabalhando, mostrando o que estou fazendo, o que eu sei fazer. E levo como elogio", completa a atriz carioca.
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Fazer acontecer
Com 32 anos de carreira, Mônica tem no currículo 12 novelas e não esconde sua paixão por fazer TV. Mas nem sempre conseguiu oportunidade. "Peço trabalho direto. Recebi muito não. Mando e-mail para diretor, produtor. Quem não é visto não é lembrado", entrega ela, que, às vezes, ouvia que não tinha papel para ela ou que estava chegando atrasada porque a produção já tinha começado.
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"O artista tem que correr atrás sempre. Não pode ficar em casa esperando o telefonema de alguém. Além disso, o artista tem que ser muito aberto. Não precisa depender da TV e só atuar. Se eu não tivesse ficado fora da TV algum tempo, não saberia que tenho talento para escrever, não saberia que poderia produzir a minha peça", observa ela, cujas últimas novelas foram 'Tempo de Amar' (2017) e 'Fina Estampa (2011), ambas na Globo.
'Jezebel'
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Na macrossérie da Record, Mônica vive a sacerdotisa Thanit, que junto com a rainha Jezabel (Lidi Lisboa) quer levar a idolatria dos deuses para o povo de Israel. Para fazer sua vontade prevalecer, a líder espiritual e também curandeira faz uso de sacrifícios de bebês e orgias com homens e mulheres. "A orgia fazia parte da cultura deles", frisa a intérprete, que gravou várias cenas da produção no Marrocos.
Enquanto estava em cidades como Marraquexe e Casablanca no país do Norte da África, a atriz diz que seus programas nas horas livres eram como de toda turista. Contudo, quando estava na cidade de Ouarzazate, a situação mudava de figura. "No interior não tem cinema, teatro, shopping, boate. Você só vê homem nos restaurantes comendo, alguns bares não têm bebida alcoólica. Não pode tomar vinho porque não tem, e é proibido beber na rua. Só alguns restaurantes têm autorização para isso", explica ela, que, assim como outras atrizes, teve uma orientação especial por parte da produção.
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"A gente foi aconselhada a não sair sozinha. Sempre precisava de um homem para sair com a gente. A mulher lá não é nada. Se você é mulher e está com um homem na mesa, eles falam com o homem sobre o seu pedido, não falam diretamente com você", conta ela, impressionada.
 
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