Então, nós tínhamos uma ideia de ter outra pessoa no disco pra dar um respiro mesmo. Fizemos a música juntos, comigo cantando e a letra foi pensada no estúdio. Essa música também está sendo bem elogiada pelo público que curte a gente.
E sobre essa nova fase da banda? Os shows estão ficando cheios e há uma turnê grande. Como tem sido para vocês?
Acho que foi um somatório de fatores. O disco realmente está fácil de ouvir, até para quem não nos conhece. E tem trazido um público novo pra gente, que está reagindo bem às músicas. Só temos a agradecer esse momento e esperamos tocar cada vez mais em outros lugares.
Vocês também já tocaram em festivais pelo mundo. Há planos nesse sentindo?
Por enquanto, não. Queremos começar a fazer essa ponte para tocar em Portugal e na Espanha. Mas tudo isso ainda está apenas conversas iniciais.
Como será o show no Circo Voador?
Vamos fazer uma mescla dos nossos primeiros discos, tocar músicas que o público gosta, mas dar mais destaque ao Violeta.
Nós já tocamos com eles em Recife, eu sou superfã do trabalho deles. O disco novo está bem legal. Mas cada banda terá seu tempo de apresentação. O que faremos para o segundo semestre é tocar com o Tuyo, teremos um EP com duas faixas inéditas de cada banda. Eles vão participar da nossa música e nós da deles.
E como foi esse processo para você?
Acho que foi um aprendizado de laboratório, o diferente será quando eu abrir mão disso. Acho que, nesse disco, tivemos a oportunidade de trabalhar com um engenheiro de som dos melhores, que elevou o nosso som para outros lugares. Tinha uma captação de takes da bateria que a gente não tinha pensado para o disco. Esse foi o disco nosso que mais me agradou, onde conseguimos explorar essa pegada mais pesada em estúdio. Nós sempre tivemos um pouco disso, mas com o 'Lá vem a morte' (disco anterior) a coisa era um pouco mais sampleada, mais eletrônica, experimental. Esse impacto foi importante pra gente.
Ouvindo o disco, me parece que vocês fizeram uma espécie de revionismo da carreira de vocês, enquanto também experimentam novos caminhos. A intenção era essa?
Com certeza. Eu acho que há uma linha que cruza todos os trabalhos, que é nosso jeito de compor, o jeito do Dinho (Almeida, vocalista e guitarrista) de compor, que foi evoluindo pra gente criar os trabalhos juntos. Tem momentos bem oníricos, de paisagem que são bem sonhadoras, que passam por um plano do sonho que lembra o 'As plantas...' e outras passagens são bem pé no chão e lembram o 'Manual' (segundo disco), que foi gravado na fita e não tinha muita coisa de pós-produção. Acho que o Sombrou Dúvida sintetiza um pouco das duas coisas, pois é gravado com alta fidelidade, mas também com a gente dominando mais essa linguagem de estúdio sem descaracterizar a performance da banda e também criando em cima disso.
Vocês já tocaram no Circo Voador algumas vezes. Como é tocar num palco tão tradicional?
É maravilhoso. Falo sem sombra de dúvida (risos) que o Circo é um de nossos palcos preferidos da vida. E creio que vamos pisar no palco pela quinta ou sexta vez. No inicio a gente nunca ia imaginar que fosse tocar aí. Nosso segundo show já foi com O Terno e o Audac. Tocamos com O Terno mais umas duas outras vezes, foram sempre noites incríveis, com um palco que possibilita muito essa troca com o público, por ser muito bom e nos aproximar da plateia. Nós sempre interagimos com o público também, estaremos com barracas de merchandising, assistimos outras bandas...então a gente espera muito por isso e também aproveita bastante.
Conte como foi a ideia de fazer esse show com o Terno Rei.
Foi uma sugestão do pessoal do Circo e nós topamos na hora. Nós já conhecíamos eles de outros festivais, tocamos no Bananada quando eles tinham outra formação. Agora com esse disco novo eles deram uma crescida e é muito massa dividir esse momento. Alias, para nós também será a primeira vez que vamos tocar no Circo lançando um disco, um mês depois de colocarmos ele na rua. Então pra gente está sendo muito especial todo esse momento.
Acho que vai ser cada um no seu show, porque todos estão muito envolvidos em uma coisa. Nós já fizemos 12 datas desde o dia 10 de maio, uma uma escolha meio maluca e muito intensa. É bem esse trabalho de ver o disco crescendo nas pessoas enquanto estamos tocando as músicas dele. Apesar de parecer uma oportunidade perdida, acho que vai ser ótimo de todo o jeito, para os dois.
O Boogarins tem uma certa tradição de tocar em festivais internacionais. Vem turnê por aí?
Faremos nosso último show aqui no dia 28 de junho. No dia 1º de julho vamos tocar em Paris e depois vamos para um festval na França e tocaremos com o Airto Moreira, em um evento bem diversificado. Também vamos passar pela primeira vez na Polônia e fechamos o Paredes de Coura, um dos grandes festivais de Portugal. Já passamos até pelo Rock in Rio Lisboa e todo mundo fala q tínhamos que ir no Paredes, por ter um público mais jovem...então estamos bem animados.
Abertura: Terno Rei - Lançamento 'Violeta'
Data: Sexta, 07/06
Local: Circo Voador
1º Lote
R$ 50 (ingresso solidário válido com 1kg de alimento)
R$ 100 (inteira)
2º Lote
R$ 60 (ingresso solidário válido com 1kg de alimento)
R$ 120 (inteira)
Ingressos à venda na bilheteria do Circo (dinheiro) e na Tudus no link http://bit.ly/boogarins_ternorei