Shirley (Barbara Reis) em 'Éramos Seis' (alto), Afonso (Cássio, à esquerda) e João Aranha (Caco, à direita): triângulo  - Globo/Raquel Cunha
Shirley (Barbara Reis) em 'Éramos Seis' (alto), Afonso (Cássio, à esquerda) e João Aranha (Caco, à direita): triângulo Globo/Raquel Cunha
Por O Dia

Rio - Mais um triângulo que faz o público torcer, agora em 'Éramos Seis'. Com quem Shirley (Barbara Reis) vai ficar? Afonso (Cássio Gabus Mendes), comerciante português que a acolheu, grávida, na Bahia, a trouxe para São Paulo e assumiu a filha dela, Inês (Gabriella Saraiva/Carol Macedo), ou com o playboy baiano João Aranha (Caco Ciocler), por quem é apaixonada?

"Shirley aceitou o convite de Afonso depois de expulsa da casa pela mãe de João. Ela se uniu ao comerciante numa tentativa de ter uma vida ‘normal’, naquele momento. Só que tempos depois João procura Shirley em São Paulo", comenta Barbara, acrescentando que sua personagem sempre foi muito sincera com o português.

Aos 29 anos, a carioca Barbara Reis está empolgadíssima com sua segunda novela na Globo – a primeira foi 'Velho Chico'. Mas a repórter ativista Kátia, da macrossérie 'Os Dias Eram Assim', a levou ao convite para 'Éramos Seis'. As nuances da personagem atraíram a atriz: Shirley, uma mulher à frente de seu tempo, uma empoderada do início do século 20. A doméstica usa vestidos curtos e não vive às custas do comerciante, com quem mora há 13 anos. "Ela trabalha no armazém, carrega caixas, tem temperamento forte. É mulher muito dura, por tudo que viveu", diz.

Além disso, a novela apresenta uma mulher negra, disputada por dois homens brancos, na década de 20. Mas sem explorar a história de preconceito racial. "A gente não trata essa questão com tanta relevância, há toda uma história de amor envolvida", explica Barbara.

Só que o outro vértice desse triângulo, Afonso, como o próprio Caco Ciocler definiu, "é muito fofo". "Ele é muito carismático, vai ser difícil mantê-la ao seu lado. E o João não sabe lidar com os 'nãos' da vida, é mimado, fora os embates que enfrenta com a filha, Inês", enumera Caco.

Enquanto isso, sozinho, o comerciante sofre calado. Ele não é machista: se a mulher resolve ir embora com o outro, tudo bem. Mas ele quer que Inês vá com Shirley para a Bahia, 'porque lugar de filho é ao lado da mãe'. "Ele sempre sonhou em constituir uma família e cuidar dela. Abraçou essa causa, mas não vai manter ninguém preso a ele. Ele tem uma pureza de sentimentos, uma falta de vaidade... Quando Shirley e Inês forem com João, meu personagem viverá da esperança de receber uma carta da família. Vai sentir muitas saudades, mas não gosta de tomar posições, de agressões... Ele é muito maduro", conta Cássio.

Os telespectadores podem torcer, mas os atores também têm suas preferências. "Por mim, ela ficaria com o Afonso. Ela pode vir a amá-lo", observa Barbara. Já Caco acha que quem vai ficar com o coração de Shirley é o comerciante: "Ela vai ficar dividida, o ex-marido é carismático, e Inês vive implicando com o pai biológico. Mas vou fazer o possível para o público torcer por mim. Senão, é uma briga sem graça". Avaliando o perfil do Afonso, Cássio acha que, se ela voltar, vai aceitá-la: "Não deixaria de amparar mãe e filha. As cicatrizes ficam, mas o amor pode até curá-las".

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