Mariana Molina, a Evelyn de 'Bom Sucesso' - Vinicius Mochizuki/Divulgação
Mariana Molina, a Evelyn de 'Bom Sucesso'Vinicius Mochizuki/Divulgação
Por Gabriel Sobreira

Rio - Em 'Bom Sucesso', para conquistar o crush, Evelyn (Mariana Molina) mudou o jeito de ser. Deixou de lado a timidez e o jeito estabanado e adotou uma "nova personalidade". Mas logo se deu conta de que não valia a pena tal 'mutilação'. Chegou à conclusão de que se for para gostar dela, o boy precisa aceitá-la do jeito que ela é.

"Nunca passei por isso (mudar para agradar outro). Acho que por mérito meu nunca permiti que chegasse nesse ponto. Quando somos novas temos uma vulnerabilidade maior, ao tentar agradar ao menino da escola, namorado. Mas nunca nem dei espaço para isso", afirma Mariana Molina, de 29 anos.

Papo reto

Natural de São Bernardo do Campo (SP), a atriz vira e mexe conversa com seus seguidores nas redes sociais sobre o tema vivenciado na TV. "O meu público é majoritariamente feminino", conta ela, que é seguida por mais de 140 mil pessoas só no Instagram. Os fãs não se furtam de dar um "puxãozinho" de orelha na intérprete. "Tinha gente que falava: 'não acredito que ela vai se transformar por um cara'", lembra, aos risos. "Esse movimento está acontecendo. As pessoas não querem mudar por alguém, querem se transformar. É algo de dentro para fora. A força está em como a gente se sente", defende.

Mudanças

Para a atriz, Evelyn está em um momento de ficar com alguém que a aceite como a "desajeitada menina de Araraquara". "Não sei o que vai acontecer no destino amoroso dela", despista Mariana, que não esconde o desejo de mudar o visual pela personagem. "Adoraria, mas não por agradar alguém, se ela quiser se sentir diferente, mudar o cabelo, o estilo roupa, eu enquanto atriz amaria. Adoro passar por processos", confidencia, aos risos.

Experimentar

Apesar do desejo de mudar, Mariana explica que nem sempre é possível sair da zona de conforto. Ela conta que tem uma tendência de produtores colocarem os atores em perfis. Mas para a intérprete, a graça está justamente no oposto, em experimentar. "O meu sonho é fazer alguma personagem completamente diferente, com questões psicológicas ou que lidasse com tabu", indica ela.

Quando questionada se este tipo de papel tem mais oferta no teatro ou cinema e séries de TV por assinatura, a atriz conta que a TV aberta está mudando muito. "A TV aberta fala com todos os tipos de pessoas. Às vezes, um 'soco no estômago' (abordar um assunto de maneira mais explícita) repele.Temos que ir aos poucos. Colocar o dedo na ferida é importante, mas se formos de humor, empatia, acolhendo, trazendo na mão, conseguimos um resultado satisfatório", ensina.

 

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