MC Rebecca - Felipe Braga / Divulgação
MC RebeccaFelipe Braga / Divulgação
Por Gabriel Sobreira
Liberdade sexual e igualdade de gêneros são temas frequentes nas letras da MC Rebecca, 21 anos, que acumula mais de 57 milhões de visualizações no perfil dela no YouTube e acabou de voltar de uma turnê nos Estados Unidos e na Europa.
"O mundo ainda é machista. Mas nós, mulheres, temos conquistado cada vez mais espaço dentro do universo do funk. Tanto homens quanto mulheres podem e devem cantar sobre seus desejos e me sinto privilegiada por ser mais uma das cantoras que fala sobre a força da mulher. A luta continua", alerta ela, que em dezembro lança a música 'Repara', com Kevin O Chris e WC. "Tem tudo para ser um hit", promete.

REPRESENTATIVIDADE
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Recentemente, por causa da música 'Combatchy' (em que Rebecca canta com Anitta, Luísa Sonza e Lexa), a MC foi eleita a primeira artista negra a ter uma música em primeiro lugar no Spotify Brasil em 2019. "Primeiro de tudo, é uma questão de representatividade negra. E isso importa muito num país ainda racista, como o Brasil", defende ela, que diz ter mais união do que rivalidade no mundo funk. "Temos (Anitta, Lexa, Luísa Sonza e Rebecca) um grupo no WhatsApp onde a gente mantém a nossa conversa em dia", entrega a artista.
Vira e mexe, Rebecca é apontada como eventual affair de Anitta. Inclusive, na festa 'Combatchy', as duas brincaram com a imaginação dos fãs. "Não foi beijo; foi uma lambida (risos). Somos amigas e sempre nos divertimos quando nos encontramos", explica Rebecca.
FEMINISTA
Cria do Morro São João, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio, Rebecca Alves lembra que antes só homens cantavam proibidões, falando de suas vontades e pontos de vista. "Enquanto o ponto de vista feminino sempre foi deixado de lado. O fato de eu e outras mulheres darmos voz aos nossos desejos rompe estigmas", defende a artista, que acredita que suas letras ajudam a incentivar mais garotas a serem feministas.
"Porque muitas garotas, nem que por algum momento, já foram tolhidas de dizer ao mundo o que queriam. Talvez, ver alguém cantando o que minhas letras dizem, ajuda a entender que nós podemos e desejamos o que quisermos. Ainda vivemos em um mundo repleto de certezas machistas, as quais não permitem enxergar a mulher como um ser humano igual ao homem. Temos o mesmo direito de nos expressar do que eles", diz a intérprete de hits como 'Cai de Boca', 'Coça de Rebecca', 'Sento com Talento' e 'Do Meu Jeito'. "Sempre fui e sempre serei feminista", acrescenta.
Intimidade fora dos palcos
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Paralelamente aos shows, Rebecca se dedica ao papel que mais lhe dá prazer: a maternidade. Ela é mãe da pequena Morena, de 2 anos. "Sou uma mãe carinhosa e cuidadosa, como toda mãe que ama seus filhos. A maternidade é uma bênção, mesmo tendo sido mãe bem jovem, nunca pensei em desistir. Tudo vale a pena quando você vê seu filho sorrir", reflete.
Mãe solo, a artista diz que não é fácil conciliar a carreira de cantora com a maternidade por conta da quantidade de shows. "Mas quando a agenda aperta, fico em contato constante com a família para saber dela. Eu sempre estou com ela no meu tempo livre", confidencia a mamãe coruja.
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Bissexual assumida, Rebecca diz que costuma receber cantadas tanto de homens quanto de mulheres. "Adoro, mas tem que ser com respeito. Porque é o seguinte: o corpo é meu e para tocar tem que ter a minha permissão, caso contrário é assédio", frisa ela, que durante o reality 'De Férias com o Ex - Celebrities', da MTV, protagonizou cenas quentes com o surfista Flávio Nakagima. "Estamos nos curtindo fora da casa", confessa.