
Rio - Desde que estreou no 'PopStar', o ex-goleiro Jakson Follmann, de 27 anos, saiu na dianteira e tem liderado o ranking do reality musical da Globo. Antes do programa, ele só cantava em casa para familiares e amigos, ou quando tinha 7 anos e soltou a voz em festivais em Alecrim (RS), sua cidade natal. "Já recebi convite para fazer show, mas neste momento quero focar 100% no programa", avisa ele que, no último domingo, somou a maior nota do dia (30,69) e conquistou a imunidade para a disputa de amanhã e não será julgado.
"Com certeza, o favoritismo pode atrapalhar, e muito, pois qualquer erro pode ser muito grave dentro da competição, ainda mais agora que em todo programa uma pessoa é eliminada. Tudo pode acontecer. Então, quando subo no palco, procuro ficar bastante focado", explica ele, que é fã de sertanejo, MPB e pop.
Cantor
Questionado se investiria em uma carreira artística, ele diz que "o futuro a Deus pertence". "Se for da vontade Dele, vou sentar junto a minha família e ver o melhor para mim", desconversa. O líder da competição musical admite que ainda pode melhorar em vários aspectos quando se trata das apresentações. "Estar diante das câmeras continua sendo um grande desafio. Quero melhorar a presença de palco, conseguir me soltar mais, ser menos tímido. Mas, independentemente de tudo isso, quero continuar sendo o mais verdadeiro possível", diz.
Superação
No último dia 29 de novembro, o acidente com o avião da delegação da Chapecoense completou três anos. Follmann, que foi um dos seis sobreviventes da queda da aeronave, conta que a música o ajudou muito na recuperação. No domingo, dia 1º de dezembro, ele escolheu a canção 'Impressionando os Anjos' para um dueto com Gustavo Mioto no programa. "Cantar essa música foi uma forma de homenagear as famílias e meus amigos que partiram. Gratidão por poder fazer essa singela homenagem", frisa.
O participante afirma que tem se recuperado bem. "Graças a Deus. Respeito muito meu corpo, pois tive muitas lesões. Sei até onde vão as minhas limitações. Tenho desconfortos, principalmente no meu tornozelo esquerdo e no meu pescoço, onde tenho um parafuso na cervical", revela ele, que guarda sequelas da tragédia. "Tenho medo, sim, de voar. Costumo não voar à noite e, se possível, sempre na poltrona da janela. Procuro entrar, fazer minha oração e deixar nas mãos de Deus", revela.