
A mostra permite ao público percorrer seu imenso acervo, dos versos às rimas, do baião ao frevo, do circo ao cinema, observando elementos que remetem à sua vida e obra. Os visitantes terão acesso a fotografias, poemas, músicas, audiovisuais, objetos e produções literárias de sua autoria. Há ferramentas de acessibilidade e conteúdos digitais, com QR Codes e uma experiência imersiva em realidade virtual em 360 graus narrada pelo próprio Alceu.
Uma das curiosidades que a mostra revelou é que Alceu subiu pela primeira vez em um palco aos seis anos para concorrer em um concurso de talentos mirins de sua cidade, alcançando o segundo lugar com a música Meu bem, de Capiba. Quando tinha 26 anos, em 1972, a carreira disparou com o disco de estreia gravado em parceria com Geraldo Azevedo. Até hoje, o músico já gravou 31 discos.
Formação
No primeiro dos seis eixos da Ocupação, o público entra em uma antessala, na qual se lê seu poema O Tempo, que está exposto também em braile. Na sequência, há um espaço com baixa luminosidade, pontuado de estrelas, que é uma referência à luneta de seu filme A Luneta do Tempo (2014) e à constelação da família. Há ainda uma projeção de A Noite do Espantalho, filme de Sérgio Ricardo, em que Alceu fez papel principal e representou o Brasil no Oscar para o melhor filme estrangeiro no ano de 1975.
O segundo eixo percorre sua obra, parcerias e estrada e o terceiro segue por Olinda. Aqui, o público pode conferir a gravação de um trecho do show que o cantor fez em Pernambuco e, quando percebeu a presença de Dom Helder Câmara na plateia, lhe fez uma homenagem.
Já a passagem para o quinto eixo é feita entre uma lona de circo e, a partir dali, o público repassa toda a discografia de Alceu e acessa uma playlist criada pelo instituto com suas músicas para ouvir no Spotify, que é um serviço de acesso a músicas.
A saída pelo eixo 6 traz referências ao Carnaval com uma paisagem sonora do arquivo pessoal do cantor construída por sons carnavalescos. Há ainda uma vitrola com 18 discos disponíveis para o público ouvir.
Com curadoria de equipe do instituto, a exposição tem consultoria de Julio Moura, autor do livro A Luneta do Tempo – um diário dos bastidores do filme de Alceu Valença, e cenografia de Leopoldo Nóbrega, criador da figura do Galo da Madrugada, um dos maiores blocos da folia pernambucana, para o Carnaval de 2019 e para o próximo ano.
No site do Itau Cultural sobre a Ocupação, o público tem acesso a materiais inéditos, em textos e vídeos, desta e das outras ocupações já realizadas.