Fotos: Nana Moraes
Make: Gabriel Reis
Stylist: Cris França   - Nana Moraes/Divulgação
Fotos: Nana Moraes Make: Gabriel Reis Stylist: Cris França Nana Moraes/Divulgação
Por Gabriel Sobreira

Rio - Foram quatro meses de ensaios de nove horas com desafio de aprender um ritmo por semana, giros com pegadas, saltos, velocidade nos movimentos e apresentações diante das câmeras, aparentando naturalidade e superando eventuais dores. Dandara Mariana, 31 anos, passou por tudo isso durante a 16ª edição do 'Dança dos Famosos' e está pronta para a grande final, que acontece amanhã, no 'Domingão do Faustão', da Globo, ao lado dos também finalistas Jonathan Azevedo e Kaysar Dadour.

"Temos muito pouco tempo para aprender uma coreografia nova, que envolve memorizá-la, fazer o corpo absorver os movimentos de forma orgânica, para então dançá-la e não somente reproduzir mecanicamente uma sequência de passos. É extremamente desafiador. Talvez esse seja o maior desafio", conta a atriz.

DEDICAÇÃO

E como uma boa taurina (de 13 de maio), Dandara adora uma competição. "Não entro em nada se não for para fazer o meu melhor", diz. A artista revela que durante todo o quadro era inevitável pensar que poderia a qualquer momento se lesionar. Mas ela se preparou para evitar qualquer dor de cabeça.

"Reforcei exercícios que já praticava como ashtanga yoga, crossfit, musculação. Gosto de correr na praia, sou ativa, adoro me exercitar. Com o 'Dança', comecei a fazer quiropraxia e acupuntura para fortalecer e cuidar do corpo de maneira geral. Os ensaios são bem intensos, deixam a gente dolorida em músculos que nem sentia", confessa, às gargalhadas.

Líder do quadro por três semanas consecutivas (24/11, 01/12 e 08/12), a carioca não pensa em favoritismo. Ela conta que entra no palco para dar o seu melhor e fazer o que ensaia com o professor Daniel Norton.

"O resultado, as notas, é tudo consequência disso", diz ela, que sempre recebe dos fãs mensagens de confiança em relação à vitória. "Mas sou pé no chão. Todos os meus amigos são muito talentosos, prefiro viver domingo a domingo, me dedicar, estudar e viver cada etapa do jogo", pondera ela. "E agora chegou a final. Haja coração! É teste para cardíaco", brinca.

 

Um hobby desde criança
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Dandara diz que sempre gostou de dançar, desde criança. "É um hobby. Na infância, ia pra casa da minha avó materna, Adelaide, e passava o dia me apresentando pra ela, catava os seus lenços e virava a própria odalisca (risos). Na adolescência, me lembro de quando arrastava os móveis da sala e me transformava ora na Daniela Mercury, evocando o 'Canto da Cidade', ora na poderosa Mel B, das Spice Girls. Mais velha um pouco, calçava a minha superbota, que tinha uma ultra master plataforma, e atacava de rainha de bateria (risos). Dançava na sala, em frente a um vidro, os vizinhos assistiam a horas de desenvoltura. Dançar pra mim é sinônimo de felicidade".
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representatividade
Para amanhã, a expectativa está altíssima. "Parece que o coração vai sair pela boca. Já estou me preparando psicologicamente", brinca. Outro fator que enche a atriz de orgulho é a questão da representatividade (dois artistas negros estão na final). Para ela, o fato de estar na decisão também inspira outras garotas que se espelham nela.
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"Com certeza. Olha a Miss Universo 2019 (a modelo sul-africana Zozibini Tunzi) falando sobre isso. Precisamos aproveitar este nosso espaço sob os holofotes para falar sobre representatividade. É importante, é preciso ter referências e admirar o semelhante. Foi assim que aprendi em casa o quão lindo é ser negra, o quão incrível é o meu cabelo e minha história ancestral, por exemplo", reforça Dandara. "Meus pais foram muito assertivos quando me colocaram, aos 7 anos, para fazer esta aula ministrada por uma professora negra. Ali, dimensionei o meu corpo no espaço e no universo. Foi fundamental para me entender como pessoa, como cidadã, como ser humano", diz a atriz.
SE VENCER?
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Caso ganhe, Dandara já tem na ponta da língua para quem dedicará a sua vitória no quadro. "Primeiro, ao meu coreógrafo. Eu adoro o Dan. Ele é demais, dança muito. Eu o deixo criar, não me nego a nada, quero aprender, fazer meu corpo conseguir executar. Estou ali disponível para fazer o que ele pensou coreograficamente. É um trabalho em dupla, então nada mais justo que os resultados conquistados também sejam assim", destaca.
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