A turma do  programa 'A Culpa É da Carlota' (Dadá Coelho é a primeira à esquerda) - Divulgação/Victor Silva
A turma do programa 'A Culpa É da Carlota' (Dadá Coelho é a primeira à esquerda)Divulgação/Victor Silva
Por RICARDO SCHOTT
Rio - Para a humorista e roteirista Dadá Coelho, a sensação é a de estar fazendo a história. Ao lado de Cris Wersom, Arianna Nutt, Bruna Louise e Carol Zoccoli, ela apresenta hoje a primeira mesa redonda do humor para a televisão com elenco 100% feminino. 'A Culpa é da Carlota' (o nome é uma referência à Carlota Joaquina, esposa do rei D. João VI) tem o primeiro de seus treze episódios apresentado hoje no Comedy Central, às 22h.
O programa leva temas variados ao ar, sob viés feminino. "Falamos de homens, de existencialismo, de igreja presbiteriana, sob um tom de comédia, e cada uma no seu ponto de vista", conta Dadá. A atração também leva em conta o fato de cada uma das humoristas vir de um lugar diferente do país: Dadá é piauiense, Cris é paulistana, Arianna é alagoana, Bruna é paraense e Carol é do Mato Grosso.
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"Já vimos o efeito disso na gravação do programa (no Teatro Gazeta, em São Paulo, com público). A plateia tinha umas 300 pessoas e era gente de vários lugares do país. Funcionou muito bem e houve muita identificação", conta Dadá.
O programa tem quadros como 'Mímica da Carlota', 'Quem é Você?', 'Minha Primeira Vez', 'Fazendo a Carlota' e até mesmo um 'Trote no Ex'. Mesmo lidando com temas feministas no programa (como as situações vividas pelas mulheres com homens heteros machistas), ela ressalta que humor não tem gênero. "Humor é humor, embora a gente não possa fechar os olhos para as mudanças que vêm acontecendo no mundo. O machismo ainda está muito presente", conta ela.
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"Sou fã do Chico Anysio, tenho até no meu iPhone aquela capa de O DIA de quando ele morreu (com a manchete 'Morreram Chico Anysio' e seus personagens). Mas o maior exemplo desse machismo era o Nazareno (personagem dele que falava 'calada!' para a mulher). Ele era um gênio, mas teria hoje que rever seus personagens. Não trabalhamos mais com a mulher calada, a gente tem voz própria", exclama.