Eduardo SterblitchGlobo/Paulo Belote
Por Gabriel Sobreira
Publicado 14/01/2020 08:00

Rio - "Quando saí do 'Pânico' foi um momento difícil. Ganhava bem, saí para fazer teatro. Não queria fazer sucesso, queria fazer sentido, quero jogar, fazer coisas diferentes. E como sou bem ruim lidando com grana, percebei que fui maluco, porque sou assim, poucas pessoas arriscariam. Segui meu coração", confessa Eduardo Sterblitch, que cinco anos depois de sair do programa de humor colhe os louros do "salto no escuro". "Pela primeira vez as pessoas pararam de me chamar de 'o cara do Pânico' e me chamam de 'o cara da novela'", vibra cheio de orgulho.

Chacrinha

Aos 32 anos, Sterblitch está em uma das melhores fases da carreira. Além do sucesso do gente boa Zeca de 'Éramos Seis', da Globo, de quebra, o ator está em contagem regressiva para estar no ar em dose dupla com o personagem-título da série 'Chacrinha', que estreia hoje, às 22h17, na Globo. "Viver o Chacrinha foi o maior desafio da minha carreira. É muito difícil, ficava mentalizando, estudando cada frase, desconstruía tudo isso e troquei muito com o Stepan (Nercessian, que vive o Chacrinha na idade mais avançada)", conta Sterblitch.

Foi como quem não quer não quer nada (mas abocanha tudo), que Edu chegou de mansinho na novela das 18h da Globo - sua estreia em folhetins - e hoje, 91 capítulos depois, o personagem Zeca já é um dos mais queridos do público. "No dia em que a autora Ângela Chaves visitou o estúdio, eu errei todas as cenas e falei que era por causa dela", confidencia ele, aos risos.

Furtado na Lapa

Na história, Zeca (Sterblitch) foi passado para trás por Neves (Breno Nina), um antigo amigo que inventou uma falsa sociedade e roubou todo o dinheiro do matuto. Aliás, não é só na ficção que Edu conta que já passou por apertos. "No sábado, fui furtado na Lapa. Estava tirando umas fotos e levaram meu celular. O pior é que a câmera era boazona", lamenta, com humor. "Agora estou com um bem baratinho. Não vou ficar dando grana para bilionário não", protesta.

Porta dos Fundos

Quando questionado sobre a onda de ataques enfrentada pelo grupo Porta dos Fundos, Eduardo é categórico. "A sociedade é muito cristã, mas está distante do ensinamento de Cristo que é amar e servir ao outro independente de quem seja. Nos desacostumamos a dar afeto para o outro. Além do mais, os Estados Unidos têm um monte de obras na Netflix mesmo que poderiam ser consideradas como blasfêmias. É uma obra de ficção. E nós artistas temos que pensar em como tocar a alma e não brigar com as pessoas", defende.

Paternidade

Casado há cinco anos com a atriz Louise D'Tuani, Edu revela que o fato de viver um pai de família aumenta a vontade de aumentar a sua prole. "Claro que mexe. Eu penso nisso mesmo que não queira pensar, algumas vezes por dia, sei lá. Ainda mais com a chegada da filha da Tatá (Werneck) com o Rafa (Vitti) e do filho da Letícia (Colin) com o Michel (Melamed). Mas quando a sociedade impõe algo, eu normalmente vou na contramão dela, se querem que faço algo, eu faço o contrário", provoca.

 

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