Luciana (Danni Suzuki) tem fama de justa na série 'Arcanjo Renegado', no ar hoje em 'Tela Quente'
 - Guto Costa/Divulgação
Luciana (Danni Suzuki) tem fama de justa na série 'Arcanjo Renegado', no ar hoje em 'Tela Quente' Guto Costa/Divulgação
Por Gabriel Sobreira

Foram dois meses de treinamento. Aqui no Brasil, ela fez aulas de posicionamento (avança, recua, gira na retaguarda, transição - de uma arma para outra). E as aulas de tiro foram nos Estados Unidos, com um atirador esportivo que leciona estrelas de Hollywood como Will Smith e Keanu Reeves.

"Já tinha atirado com espingarda quando morei no Alasca. Mas fuzil e arma de pequeno porte foram uma grande novidade pra mim", entrega Danni Suzuki, a capitã Luciana da série 'Arcanjo Renegado' (com 10 episódios disponíveis no Globoplay desde sexta-feira), cujos dois primeiros episódios serão exibidos hoje, na 'Tela Quente Especial', da Globo. "Fiz a numerologia e arrisquei a troca. Ainda estou sentindo o quanto está modificando minha vida", confidencia, bem humorada, ela que adicionou a letra 'N' no nome.

BOA DE MIRA

Danni conta que deu um certo medo no primeiro dia de aula de tiro. "Medo de apertar o gatilho na hora errada", diverte-se. "Mas depois passou e tomei gosto pela coisa", acrescenta imediatamente. Você é boa de mira? "Muito. Nem eu acreditei", conta toda orgulhosa. A carioca de 43 anos ainda aprendeu a desmontar e montar as armas. Parte essa que ela amou. "Porque desmistifica o instrumento e você entende como ele realmente funciona", explica.

Graças ao balé, a atriz não teve muitas dificuldades físicas na preparação para a personagem justamente por causa da noção corporal e a facilidade em muitos movimentos. Mas isso não fez com que evitasse as eventuais dores. "Mas nas primeiras semanas apenas", destaca a atriz. Na história, Luciana é uma capitã da Policial Militar com personalidade e amorosa. Ela é chefe do posto policial de Miracema, uma cidade no interior. "Uma mulher com distintivo não é uma mulher comum, né? Principalmente em uma posição de capitã de um batalhão", frisa.

Luciana conquistou o respeito de seus subordinados e da a população local graças à fama de justa. De uniforme e com os cabelos sempre presos, impõe autoridade. Porém, a chegada de Mikhael (Marcello Melo Jr.), primeiro-sargento no Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro (BOPE), que é transferido para Miracema, mexe com a capitã. Inicialmente, eles se estranham, mas não por muito tempo.

não é O CAPITÃO NASCIMENTO

Capitã Luciana terá algo de Capitão Nascimento, personagem de Wagner Moura, no filme 'Tropa de Elite', de 2007? "Não mesmo. Esse papel de durão está mais na mão do meu parceiro de cena Marcello Melo Jr., que fez um excelente trabalho nessa série", aponta.

Ao ser indagada sobre qual foi o momento mais tenso da produção, a atriz não pensou duas vezes. "Acho que as cenas de sexo foram um desafio para mim (risos). Foi mais difícil do que atirar", confidencia.

Danni afirma que quando o assunto é machismo, Luciana tem muita segurança do lugar dela e impõe respeito. "Ela consegue estar no lugar de liderança e sabe bem como lidar com o machismo", esclarece ela, que perguntada se já sofreu machismo na carreira, responde: Vivemos em um mundo machista, mas sempre soube me impor para obter meu respeito".

 

Uma cidade sitiada
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A série toca em muitos temas sensíveis ao dia a dia do carioca - e de muitos brasileiros, como guerra urbana, medo da violência, morte de inocentes, abuso de poder e corrupção, entre outros. "Quando li o roteiro, meu coração disparou. José Júnior (autor) é um cara fantástico, muito criativo e criou esse projeto com muita verdade, um projeto que tem alma. O personagem (Luciana) era muito atraente para mim, pois nunca tinha feito nada parecido. E também não se nega uma oportunidade de trabalhar com Heitor Dhalia (diretor), né? Admiro muito ele", derrete-se.
Danni prefere se posicionar de uma forma positiva sobre a situação do Rio. Ela apostar sempre em mudar o que não está dando certo. "A situação no Rio é muito complexa. Estamos tratando de seres humanos com comportamentos, valores e interesses diferentes. Em meio a tanta violência, existem muitos profissionais no combate com amor a sua profissão e agindo com a verdadeira vontade de fazer a diferença e transformar o mundo em um lugar melhor", torce.
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A série toca em muitos temas sensíveis ao dia a dia do carioca - e de muitos brasileiros, como guerra urbana, medo da violência, morte de inocentes, abuso de poder e corrupção, entre outros. "Quando li o roteiro, meu coração disparou. José Júnior (autor) é um cara fantástico, muito criativo e criou esse projeto com muita verdade, um projeto que tem alma. O personagem (Luciana) era muito atraente para mim, pois nunca tinha feito nada parecido. E também não se nega uma oportunidade de trabalhar com Heitor Dhalia (diretor), né? Admiro muito ele", derrete-se.
Danni prefere se posicionar de uma forma positiva sobre a situação do Rio. Ela apostar sempre em mudar o que não está dando certo. "A situação no Rio é muito complexa. Estamos tratando de seres humanos com comportamentos, valores e interesses diferentes. Em meio a tanta violência, existem muitos profissionais no combate com amor a sua profissão e agindo com a verdadeira vontade de fazer a diferença e transformar o mundo em um lugar melhor", torce.
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