Lola (Gloria Pires) e Genu (Kelzy Ecard) em 'Éramos Seis', da Globo - Reprodução
Lola (Gloria Pires) e Genu (Kelzy Ecard) em 'Éramos Seis', da GloboReprodução
Por Gabriel Sobreira

Kelzy Ecard, de 54 anos, não tem dúvidas. Se a fofoqueira Genu, personagem que ela interpreta em 'Éramos Seis', vivesse nos dias de hoje, não ficaria um dia longe das redes sociais. "As páginas dos outros seriam o reino para ela. Acho que ela seria aquele tipo de pessoa que manda 'bom dia' no WhatsApp todos os dias. Tem gente que nem vê algo na internet e já repassa, talvez ela fizesse isso também", diverte-se.

"Ela tem um lado que é realmente maledicente, que fala da vida do outro, mas ela é muito parceira da Lola (Gloria Pires). Acho que isso é o que a salva de ser massacrada (risos). Na coletiva de imprensa, falei: 'Se eu fizer alguma coisa com a (personagem da) Gloria Pires, apanho na rua'. Pois é, estou salva disso", brinca, aliviada. "Meus amigos costumam dizer que quando eu começo a contar as histórias, na hora de entregar o nome dos santos, eu omito. Não sou a Genu (risos)".

MEDO DE APANHAR

De família do interior, natural de Santo Antônio de Pádua (RJ), Kelzy conta que ficou ressabiada ao visitar os parentes. A mãe dela, de 82 anos, mora em Cambuci. "Curiosamente, minha mãe nunca foi de ficar de conversinha. Quando voltei no interior, pensei: 'eles vão me pegar'. Porque minhas referências estão todas lá. Vão dizer: 'ih, isso (jeito da Genu) parece fulana de tal'. Mas não. Mesmo quem é fofoqueiro gosta de se ver reconhecido. Ela é fofoqueira do bem. Ela não faz fofoca para ninguém, ela só fofoca dentro de casa ou para Lola", justifica a atriz.

SEM FILTRO

Kelzy explica que a personagem não consegue ficar sem saber do que acontece à volta dela. Muito mais do que passar em frente a fofoca. Outra característica marcante é o fato de não ter filtro. "Ela fala tudo. Tem dias que eu digo: 'Gente, desculpa aí hoje'. A Genu abre a boca e deixa o espírito falar. Ela fala com muita espontaneidade tudo. Não é por mal", defende a intérprete, que se esforça para unir a viúva Lola e Afonso (Cássio Gabus Mendes).

"Se a gente for pensar no contexto de época, uma personagem como a Genu, que tem lá os seus preconceitos e a gente já viu isso, é estranho ela dar força para uma relação que não seria aceita socialmente. Mas acho que ela tem tanto amor por essa amiga que tudo que tem chegado a mim, e a gente já gravou, ela dá uma acolhida nessa história", vibra.

Kelzy ainda aproveita para vender a sardinha dela ao falar dos atores que vivem seus filhos na trama: Triz Pariz e Jhona Burjack. "O meu DNA é espetacular (risos). Quero deixar registrado que na outra novela ('Segundo Sol', de 2018) fui mãe de Letícia Colin e Nanda Costa, e nessa novela sou mãe do Jhona e da Triz. Então é comigo. É filho bonito, me chamam para 'maternalizar' (risos). Eles têm um frescor, vontade de aprender, amorosíssimos. É uma delícia. Juventude é uma bênção", derrete-se.

 

Você pode gostar
Comentários