Por O Dia
Rio - A Prefeitura do Rio, por meio da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, participa da Semana Internacional de Arte e Cultura MuseumWeek 2020, que este ano oferece uma oportunidade ímpar para os amantes da arte dos quatro cantos do planeta. São visitas virtuais que podem ser feitas pelas redes sociais até o próximo domingo, 17/05, a espaços culturais do mundo inteiro, como o recém-criado Museu Histórico Sanitário Municipal Júlio de Azurém Furtado (Muhsam), primeiro do gênero no Brasil. Também pela prefeitura aderiram ao festival museus, bibliotecas e demais centros da Secretaria Municipal de Cultura (SMC).

"Participar desse projeto nos permitirá mostrar um pouco do Muhsam, o primeiro museu sanitário do país que guarda peças de mais de 100 anos resgatadas em nossas unidades, como o IJV (Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman), onde tudo começou. Reunidas agora em um mesmo espaço, elas ajudam a contar a rica história dos serviços de zoonoses e de vigilância sanitária não só do nosso município, mas do país", disse a subsecretária de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio, a médica-veterinária Márcia Rolim que é servidora da Prefeitura desde 2002, quando ingressou justamente no IJV.

Com o nome que homenageia a um dos médicos-veterinários que muito contribuíram para o desenvolvimento dos primeiros programas de zoonoses na cidade, o Muhsam foi implantado no último mês de janeiro na Avenida Pasteur, 44, em Botafogo, no prédio que abrigava apenas o Instituto de Nutrição Annes Dias (Inad). Mas em 2019, um projeto de modernização permitiu a ampliação de serviços oferecidos no local, transformado no Complexo Zona Sul da Vigilância Sanitária, onde hoje também funcionam a Coordenação de Fiscalização Sanitária e o Núcleo de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Nagro), que entra em operação ainda neste mês de maio

O acervo - O Muhsam é um dos marcos do quanto a pasta vinculada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) avançou nos últimos anos com as ações de prevenção de riscos à saúde pública. O espaço cultural reúne mais de 200 peças que dão vida à exposição permanente “De 1917 a 2019: mais de 100 anos de história”. São fotografias, ferros de marcação de gado, reportagens de jornais, termos de fiscalização e outros antigos documentos, e até uma ovelha de duas cabeças conservada em formol, entre muitas curiosidades sobre as ações de zoonoses e vigilância sanitária iniciadas no século passado.

As peças mais antigas são da época do Hospital de Medicina Veterinária (hoje o IJV), montado em São Cristóvão, próximo ao Morro da Mangueira, para o controle sanitário dos animais produtores de leite e o diagnóstico da tuberculose. Mais de 100 anos se passaram, com fatos como a municipalização dos serviços de saúde em 1975, que deu origem à Secretaria Municipal de Saúde. Era o começo da Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses, que em 2020 completa 45 anos contabilizando muitas realizações, as principais nos últimos anos três anos, período em que teve o maior crescimento de toda a sua existência.

O festival - Há uma hashtag para cada um dos sete dias do evento, que em 2019 reuniu mais de 100 países, com um engajamento de quase 70 mil pessoas em visitas virtuais a mais de 6 mil instituições, entre elas, quatro dos cinco museus da SMC que participam também este ano.

"Aproveitem e curtam bastante os diferenciados conteúdos oferecidos em cada um dos nossos museus, instituições de resistência, locais de muitas ideias e de rico aprendizado", diz a museóloga Heloísa Queiroz, gerente de museus da SMC.