Marcelo D2 faz lives no fim de semana para os fãs - Divulgação/Na Moral Produções
Marcelo D2 faz lives no fim de semana para os fãsDivulgação/Na Moral Produções
Por O Dia

Acostumado com a inovação desde seu primeiro disco solo, quando misturou rap com samba, o rapper Marcelo D2 entrou na onda das lives com propostas diferentes do que se tem visto. A partir de hoje, o músico vai transmitir, pela plataforma Twitch, uma série de apresentações ao vivo direto de casa. Ao meio-dia, ele e a mulher, Luiza, vão se reunir na cozinha para tocar e cozinhar para os fãs.

Amanhã, às 16h, D2 vai jogar videogame com os filhos e na terça-feira, às 20h, se junta com o DJ Zegon e DJ Nuts para uma conversa sobre o disco 'Eu Tiro é Onda', de 1998, primeiro trabalho solo da carreira do rapper. A ideia, segundo Marcelo, é que essas lives se mantenham ao longo do isolamento e até evoluam para cinco dias na semana. Para ele, é como ter um canal de televisão.

"Eu vou fazer quase que um canal com uma programação muito diversa, podendo falar de arte, música, dos meus discos e de vários outros discos. Quero muito conversar sobre música e arte com a galera, é uma forma de passar o tempo", explica o músico.

O começo pela cozinha, como D2 explica, é por ele acreditar que cozinhar é "um ato de amor". Seja amor próprio, ao cozinhar para si, seja amor ao próximo ao cozinhar para os outros. Marcelo diz que as comidas que tem feito e os momentos em que passa na cozinha se tornaram uma "válvula de escape" nos dias de quarentena.

Já amanhã, quando vai jogar FIFA com os filhos, o rapper relembra da importância que o futebol tem na família e diz que espera se divertir com a competição entre eles. "É sempre engraçada a competição entre pai e filho. Acho que vai ser muito maneiro", brinca D2.

MEMÓRIA

Para iniciar a semana, o papo sobre o 'Eu Tiro é Onda', que acabou de ser relançado em vinil depois de 21 anos, vai ser uma experiência para visitar a memória. Junto com os convidados, ele vai conversar sobre a preparação do álbum, inspirações e a prisão com o Planet Hemp em 1997. O rapper considera o CD um marco na carreira.

"Acho que ali eu me tornei um músico. Mesmo com dois discos de platina com o Planet Hemp, eu ainda estava à procura da minha música própria", conta.

Acostumado com uma vida de muitas viagens, shows e palcos mundo afora, Marcelo D2 diz que "fazem muitos anos" que não passa dois meses seguidos em casa com a família. Mesmo assim, com dias em que não tem vontade de se levantar da cama e outros em que a disposição está mais alta, o músico se deixa impulsionar pela possibilidade de continuar fazendo arte.

"Desde que eu descobri que podia me expressar para o mundo fazendo arte eu não consigo viver sem. O tipo de arte que eu faço, de confronto, em momentos como esse, é sempre muito importante. Acho que, de uma certa maneira, represento uma galera", afirma D2.

PLANET HEMP

Além das lives, outro caminho que ele encontra para fazer arte é trabalhar no disco novo do Planet Hemp. A banda, que marcou época nos anos 1990, estava com o novo projeto quase pronto, mas a pandemia atrapalhou os planos, como explica D2. "Queremos mixar juntos, então vamos ter que esperar esse momento passar para irmos ao estúdio, ver se está todo mundo bem. Não queremos lançar no meio da pandemia. A ideia é lançar depois do fim do mundo", revela o rapper.

 

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