Preta Gil passou um recado importante sobre intolerância religiosa na noite da última quinta-feira, quando participou da live da cantora Teresa Cristina. Além de falarem sobre música, as cantoras, que seguem religiões de matriz africana, também criticaram o preconceito com essas práticas religiosas.
A filha de Gilberto Gil foi quem puxou o assunto. Ela parabenizou Teresa Cristina por ter feito recentemente uma live homenageando as religiões afro-brasileiras. "A gente é perseguido, mas quando a gente fala, a gente vê o quanto precisa aproveitar essa transformação que está tendo mundo e fortalecer cada vez mais o nosso axé", refletiu Preta.
A voz de "Sinais de Fogo" parabenizou Teresa Cristina por abrir um espaço para os seguidores da umbanda e do candomblé. Preta disse enxergar um preconceito muito grande sofrido pelas pessoas de religiões de matriz africana, o que muitas vezes as impede de assumir suas crenças e encontrar um lugar seguro para ouvir os cânticos.
"O preconceito é muito, o preconceito é fortíssimo e o preconceito também vem de um racismo e de uma intolerância religiosa", analisou a cantora. "Isso é baixo e isso se chama racismo. O racismo se transformou numa intolerância religiosa. A intolerância religiosa com as religiões de matriz africana são um racismo escancarado, porque é religião de preto sim. Muitos brancos aliados aderiram, porque é uma força maior que você não escolhe, você é tomado por aquela paixão. A ligação que se fez historicamente com isso, de demonizar, é terrível", explicou Preta.
Além da conversa com Preta, a live de Teresa Cristina contou com muita música e com a participação de outros membros da família Gil. Bela, Francisco e até mesmo o próprio Gilberto Gil participaram da transmissão ao vivo, ou batendo um papo, ou dando um show de música.
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