O evento acontece entre 23 e 25 de outubroDivulgação/Rio Montreux Jazz
Por Agência Brasil
A segunda edição do Rio Montreux Jazz Festival acontece entre os dias 23 e 25 deste mês, em formato inédito para o evento, com todo o conteúdo transmitido gratuitamente pela internet. O festival tem apoio do Ministério do Turismo e patrocínio da Mastercard.

Visando fomentar os mercados de música e entretenimento do país, o festival traz um elenco formado por artistas nacionais, entre cantores, compositores e instrumentistas, como Milton Nascimento, João Donato e Yamandu Costa, além de nomes internacionais do jazz e da world music, como a diva do soul music, Macy Gray. O objetivo do evento é promover a democratização do acesso ao jazz e à música instrumental.

O festival pretende conectar diferentes lugares por meio da música, a partir das apresentações que acontecerão diretamente de Los Angeles, Nova York e do Brasil, nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Em solo nacional, a maioria das performances ocorrerá em um palco montado no Hotel Fairmont Copacabana, zona sul do Rio, de onde serão revelados não só os talentos dos artistas brasileiros para o mundo, mas também as belezas da capital fluminense. Faz parte também da programação uma apresentação mais intimista, feita na casa de Milton Nascimento, o Bituca, em Minas Gerais. Os shows poderão ser vistos no canal do YouTube do festival.
Programação
Serão 23 shows inéditos. Além do Bituca, estão confirmados Toquinho, João Donato, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda, Amaro Freitas e Roberto Menescal, entre outros. Já o time de artistas internacionais traz atrações como Macy Gray, Christian Scott, Anat Cohen, o coral Sing Harlem e Stanley Jordan.

O cartaz do Rio Montreux Jazz Festival é assinado, este ano, pelo artista plástico Vik Muniz, que teve carta branca no processo criativo, seguindo o padrão do festival da Suíça. Nesta edição, os instrumentos ganharam cores e formas lúdicas e foram desenvolvidos por crianças da Escola do Vidigal, em São Conrado, zona da capital Rio de Janeiro, sob a supervisão de Vik Muniz.

A música instrumental latina terá o encontro inédito das tecladistas Bianca Gismonti e Claudia Castelo Branco com a percussionista Lahn Lahn. O festival traz também a big band Jazzmin’s, umas das maiores orquestras do mundo, composta apenas por mulheres. A artista Anat Cohen, clarinetista israelense e uma das responsáveis por popularizar o choro brasileiro no mundo, também faz parte do elenco, que conta ainda com o Luísa Mitre Quinteto, comandando pela pianista, compositora e arranjadora Luísa Mitre.

Nesta segunda edição do festival, o público poderá acompanhar artistas de diferentes gerações tocando lado a lado. Destaque para os guitarristas Stanley Jordan e Diego Figueiredo, que vêm de uma turnê em dupla por Estados Unidos e Europa com ingressos esgotados e sucesso de crítica; ou o jovem talento Amaro Freitas, que se apresentará pela primeira vez em companhia do bandolinista brasileiro mais respeitado no mundo, Hamilton de Holanda.

Já o violonista brasileiro, destaque do violão de sete cordas, Yamandu Costa, retorna ao festival para um show instrumental com Toquinho, grande nome da música nacional, com mais de 55 anos de carreira e mais de 500 composições e 90 discos gravados. Roberto Menescal e Marcos Valle, dois dos criadores da Bossa Nova, vão proporcionar ao público uma viagem pelo melhor da música instrumental nacional.

Homenagens
De acordo com informação da assessoria de imprensa do Rio Montreux Jazz Festival, terão destaque também durante o evento as homenagens a grandes nomes da música brasileira. Na atração Os sonhos não envelhecem, o coral Sing Harlem, um dos maiores corais gospel americanos, se junta à Maria Gadu e Samuel Rosa para uma visita à obra de Milton Nascimento, com participação do próprio compositor. Já na atração Viva Gonzagão, os jovens instrumentistas brasileiros Pipoquinha e Mestrinho se unem a Marcos Suzano pela primeira vez para exaltar a obra do rei do baião, Luiz Gonzaga.

O evento apresenta também ao público a Camerata Jovem do Rio de Janeiro, projeto formado por jovens de comunidades carentes, que vem conquistando o mundo. Outra novidade será o primeiro show instrumental da história do funk brasileiro, a cargo da Funk Orquestra, com a participação de dançarinos do passinho.

Também a Rio Jazz Orchestra, estará no festival, tocando sucessos da música mundial, mas preservando os arranjos clássicos com toques atuais e elementos latinos. A Orquestra Rumpilezz, com ritmos afrobaianos, e a PianOrquestra, com técnicas de piano preparado e piano expandido, aplicadas de maneira lúdica por seus integrantes, prometem atrair aplausos do público.

Recordando
Para relembrar a primeira apresentação de músicos brasileiros na edição Suíça do Montreux Jazz Festival, o grupo A Cor do Som subirá ao palco carioca do festival e apresentará parte do repertório do show de 1978 em versão instrumental. Caberá ao grupo Som Imaginário, que conta com participantes ativos do Clube de Esquina, levar para o evento a união de referências de rock progressivo e música regional. Outra grande novidade é a participação de Sergio Dias, fundador dos Mutantes, que depois de longa temporada nos Estados Unidos apresenta seu novo projeto de jazz e música instrumental.

Na última noite do festival, se apresentará no Fairmont Copacabana o violoncelista, arranjador, maestro, produtor musical e compositor brasileiro Jaques Morelenbaum, vencedor de diversos Grammys, com seu trio instrumental. Estão confirmados também para a segunda edição do Rio Montreux Jazz Festival dois pianistas de diferentes gerações: Jonathan Ferr, que tem usado a inspiração de ritmos como funk e hip-hop para fazer um jazz urbano e popular; e João Donato, um dos criadores da bossa nova e compositor de grandes sucessos.

Segundo o idealizador do festival, Marco Mazzola, um dos principais conceitos do evento é promover esses encontros inéditos em um show único. “Dar ao público algo exclusivo, que nunca viu antes. Este ano, com tantos desafios que tivemos que enfrentar no mundo e no mercado da música, o Rio Montreux Jazz Festival será um sopro de alegria e música de qualidade, assim como uma forma de prestigiar a música nacional. É um projeto que me enche de orgulho e que este ano ganha um significado a mais”, apontou Mazzola.
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