Publicado 28/07/2021 14:10 | Atualizado 28/07/2021 14:22
Rio - Considerado um dos maiores humoristas brasileiros de todos os tempos, Paulo Silvino, que faleceu em 2017, aos 78 anos, vítima de câncer, partiu sem conseguir realizar todos os projetos que sonhava. Um deles foi o livro 'As Aventuras do Papaceta', escrito pelo ator. A obra virou um espetáculo encenado pelo próprio Silvino, que chegou a reproduzir alguns exemplares, no entanto, não a distribuiu comercialmente.
Segundo o ex-empresário de Paulo Silvino, Jimmy Ieger, o humorista sonhava em ver o livro adaptado para os palcos em uma grande produção. "Ele queria muito que o Jô (Soares) encenasse a história. O Jô era o maior amigo dele. Um vez, durante uma entrevista no programa dele, o próprio Jô chegou a ler um pedacinho do livro, o que deixou o Paulo muito feliz", recorda Jimmy, que também é ator e produtor, além de ter trabalhado durante 12 anos com Silvino.
Segundo o ex-empresário de Paulo Silvino, Jimmy Ieger, o humorista sonhava em ver o livro adaptado para os palcos em uma grande produção. "Ele queria muito que o Jô (Soares) encenasse a história. O Jô era o maior amigo dele. Um vez, durante uma entrevista no programa dele, o próprio Jô chegou a ler um pedacinho do livro, o que deixou o Paulo muito feliz", recorda Jimmy, que também é ator e produtor, além de ter trabalhado durante 12 anos com Silvino.
"Muita gente pensava que eu era filho dele, porque estávamos sempre juntos. O Paulo foi um grande professor para mim. Apostou no meu talento e me abriu portas. Ele deixou muita saudade, mas o legado está aí, presente no trabalho de muitos humoristas da nova geração", exalta o ex-empresário, que atualmente trabalha como promoter e divulgador do Camarote do King, na Sapucaí. Durante uma entrevista de Silvino ao 'Programa do Jô', em 2008, Jimmy sentou no sofá com o veterano e chegou a apresentar um número solo de humor.
Paulo Silvino estreou na Globo em 1967. Participou de programas históricos, como 'Faça Humor, Não Faça Guerra', 'Satiricom', 'Planeta dos Homens', 'Balança Mas Não Cai' e 'Viva o Gordo'. Outro momento marcante da carreira do ator foi no seriado 'Zorra Total', onde viveu o porteiro Severino, dono de bordões inesquecíveis, entre eles 'Cara, crachá, cara, crachá'. Passou, ainda, pelo programa 'A Praça É Nossa', no SBT. No início da carreira, brilhou, também, como cantor, compositor e músico, chegando a gravar um disco em 1960.
Fazer o personagem Severino, do 'Zorra Total', em uma turnê por todo o Brasil, também era um sonho do ator, como revela Jimmy. "Inicialmente, a barreira era a liberação da TV Globo, dona dos direitos do personagem. Mas depois chegamos a conseguir autorização, mas infelizmente não deu tempo de colocarmos esse plano em prática".
Filha do humorista, Isabela Silvino fala com orgulho do legado do pai, que teria completado 82 anos, nesta terça-feira (28). "Ele passou por muitas gerações. Eu admirava muito nele a garra e a vontade de querer trabalhar até o fim, de querer se atualizar. De forma impressionante meu pai conseguiu encantar pessoas nas décadas de 1970 e 1980, que foi o auge dele, e depois também a partir dos anos 2000. É uma coisa muito difícil se manter no topo por tanto tempo, e meu pai conseguiu isso. Vejo pessoas mais velhas me dizendo: 'Poxa, seu pai fez parte da minha infância'. E de repente vem um garoto e me fala a mesma coisa. Então, isso me deixa muito feliz, porque meu pai conseguiu encantar muitas gerações".
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