Publicado 19/09/2021 14:42
A notícia que a gente não gosta de dar. Morreu, na manhã deste domingo, o ator Luis Gustavo Blanco, aos 87 anos, em Itatiba, em São Paulo. Ele tratava um câncer no intestino desde 2018, mas não resistiu à complicações da doença. A informação foi confirmada pela assessoria da Globo. Um dos trabalhos mais marcantes de sua carreira foi como Tio Vavá, do humorístico "Sai de Baixo". Atualmente, ele pode ser visto na reprise da novela "Ti ti ti", no ar no "Vale A Pena Ver De Novo", na mesma emissora.
A informação foi revelada primeiramente pelo também ator Cassio Gabus Mendes, sobrinho do veterano, no Instagram. "Informo que meu querido Tatá faleceu hoje, vítima de câncer. Descanse na luz e na paz! Obrigado por tudo, meu amado tio", escreveu o ator. O astro nasceu em Gotemburgo, na Suécia, no dia 2 de fevereiro de 1934.
Muito querido pelo público brasileiro, Luis, que já havia tomado a vacina contra a Covid-19, fez história na dramaturgia com personagens marcantes como Beto Rockfeller, protagonista da novela homônima da TV Tupi (1968) que estreou o formato televisivo como é conhecido até os dias de hoje, o detetive Mário Fofoca, de Elas por Elas (1982); o estilista Victor Valentim, da primeira versão de "Ti Ti Ti", de 1985. A estreia dele na Globo foi em 1976.
Com uma vida dedicada às artes, Luis Gustavo sempre esteve envolvido com a comédia. Dizia que as crianças eram seus grandes professores: se não riam, o personagem não estava pronto. "Eu sempre me dediquei à comédia. Na comédia, as crianças são meus grandes professores: testei meus personagens com elas, se não riam, o personagem não estava pronto. Não há mestre no mundo que se compare a uma aula dessas", afirmou o ator, em depoimento ao Memória Globo.
O intérprete do eterno Mario Fofoca era casado com Cris Botelho, pai de Luis Gustavo Vidal Blanco, fruto de seu relacionamento com Heloísa Vidal, e de Jéssica Vignolli Blanco, fruto de seu casamento com a falecida atriz Desireé Vignolli. Ele também era avô de Marina Hoagland Blanco Buzzone, e tio de Tato Gabus Mendes e Cássio Gabus Mendes, ambos atores.
Sua primeira novela foi "Se o Mar Contasse", de Ivani Ribeiro, na TV Tupi, em 1964. Também na emissora, atuou em "O Sorriso de Helena", "O Direito de Nascer", "O Amor Tem Cara de Mulher" e "Estrelas no Chão". Paralelamente ao trabalho na TV, o ator também dava início à sua carreira no teatro. Em 1967, pela atuação em "Quando as Máquinas Param", de Plínio Marcos, ganhou o prêmio de melhor ator da Associação Paulista de Críticos de Teatro (APCT). Seus últimos trabalhos na emissora foram "Brasil a Bordo" e "Malhação: Vidas Brasileiras", ambos exibidos em 2018.
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