Por thiago.antunes

Rio - O diretor de Carnaval da Beija-Flor de Nilópolis, Laíla, falou no Sambódromo sobre o grande despacho que a agremiação Azul e Branca fez na Avenida antes do desfile. "Fizemos dois, um no portão e outro na concentração. Dizem que sou o macumbeiro da escola, mas ninguém sabia o que ia acontecer, então toparam. O pessoal da Diretoria pensa religiosamente como eu", destacou o carnavalesco.

"A escola comprou muitas garrafas de champanhe e flores, mas alguns integrantes da Diretoria também ajudaram. Foi tudo feito para limpar. Deixaram muita poeira", afirmou Laíla. Antes da Beija-Flor, o Salgueiro passou pela Sapucaí.

Beija-Flor faz despacho antes de entrar na AvenidaNara Boechat / Agência O Dia

Sobre as vaias que recebeu na Avenida, Laíla contemporizou. "Me chamaram de palhaço, mas foi gente de outras torcidas. Isso não me abalou. É normal e a resposta da escola foi o grande desfile que fizemos", encerrou.

Última escola do primeiro dia de desfiles, a Beija-Flor contou a história da comunicação e fez uma grande homenagem a Boni na Avenida. Antes do início do desfile, no entanto, a escola recebeu vaias de parte de público, que foram abafadas quando Neguinho da Beija-Flor começou a cantar.

Grande aposta da diretoria, a exibição conjunta da comissão de frente e do casal Claudinho e Selminha Sorriso funcionou perfeitamente e foi bastante aplaudida pelo público. Idealizada por Laíla e concebida por Marcelo Missailidis, a proposta já entrou para história dos desfiles e merece destaque por tamanha ousadia.

Escola homenageou BoniFernando Souza / Agência O Dia

A bateria dos mestres Plínio e Rodney foi outro ponto alto. Mesmo sem arriscar, os ritmistas sustentaram o samba com categoria e equilíbrio até o fim. Ao lado da rainha Raíssa, Boni desfilou fantasiado de Charles Chaplin e foi saudado pelas arquibancadas.

O abre-alas, apesar de grandioso, trouxe falhas de acabamento e chamou a atenção pela falta de capricho. No geral, a azul e branco passou com menos luxo do que em anos anteriores.

O samba-enredo tão criticado antes do Carnaval foi cantado com vontade pelos componentes, mas o rendimento ficou aquém do esperado. O tradicional show de harmonia e vibração do povo de Nilópolis não foi visto com intensidade de sempre. Sem vencer desde 2011, a escola da Baixada não veio arrasadora, mas está na briga pelos primeiros lugares.

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