Por thiago.antunes
Rio - A bancada do júri para o Grupo Especial está formada. Ontem, a Liesa divulgou os nomes dos 36 jurados, dos quais 20 são novos, conforme antecipou o colunista Leo Dias, na quarta-feira, com exclusividade. No quesito samba-enredo, os quatro julgadores são estreantes, entre eles o fundador da Orquestra Maré do Amanhã, Carlos Eduardo Prazeres, que assistirá pela primeira vez a um desfile na Sapucaí.

“Foi uma grande surpresa ser convidado. Sempre gostei de Carnaval, acompanho pela TV, mas nunca tive a oportunidade de assistir de perto. Será minha primeira vez no Sambodrómo e logo como jurado”, comemorou Carlos Eduardo, que é jornalista e professor de Português, além de trabalhar com música há 20 anos.

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“Desde que fechei com a Liga, tenho escutado os sambas. Confesso que fiquei encantado com algumas composições”, declarou o fundador da Orquestra da Maré. Apesar de seu forte ser a música clássica, Carlos afirma que tem competência para julgar samba-enredo. “Trabalho com melodia e, no projeto da Orquestra, também tocamos outros estilos”, completou.

Carlos Eduardo Prazeres%3A 'Será minha primeira vez no Sambodrómo'Divulgação

Compositor do samba portelense deste ano, Noca da Portela preferia que a bancada fosse somente de sambistas. “Julgar samba é complicado. A pessoa que aprende na faculdade não vai entender a alma do sambista e o que ele quer dizer na letra. Mas o bom de ser maestro é que, pelo menos, vai entender de melodia”, opinou.

O quesito fantasia também foi completamente reformulado, com três novos jurados e um oriundo da Série A. A Liesa aproveitou sete julgadores do Grupo de Acesso. No ano passado, apenas quatro foram convocados. Seis dos 20 júris que foram dispensados serão reaproveitados na Série A.

Mudança foi pedida pelas agremiações

A mudança em mais da metade do corpo de jurados veio após um pedido das próprias agremiações. Em novembro passado, uma reunião na Liesa, com representantes de todas as escolas, decidiu quais julgadores seriam cortados a partir de uma votação. Na época, as agremiações também optaram pelo fim do quesito conjunto, por entender que o item já era avaliado em outras notas, como evolução e harmonia.
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Os novos jurados foram escolhidos e convidados pelo próprio presidente da Liga, Jorge Castanheira. Dos 16 julgadores que permaneceram no posto está Paulo Cesar Morato, no quesito Comissão de Frente. No ano passado, o único dez concedido por ele foi para a Grande Rio. Marcelo Figueira, que avaliou o Conjunto em 2014, foi reaproveitado este ano no item Enredo.
Na nova safra do júri, Desirée Bastos, figurinista e ex-aluna da Escola de Belas Artes, é integrante do módulo de Fantasia. Os dois novos nomes para Alegoria e Adereços, Chicô Gouveia e João Niemeyer, são arquitetos e urbanistas.  Mestre-sala e Porta-bandeira, Bateria, Evolução e Comissão de Frente sofreram apenas uma alteração no júri. “A Liga tem feito um trabalho sério. No meu quesito, não tenho do que reclamar, pois todos os julgadores entendem de bateria”, apontou o mestre de bateria da Grande Rio, Thiago Diogo.
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