Márcio André (esq.), Demá Chagas, André Diniz e Marcelo Motta: criatividade e experiência na hora de compor - Fernanda Dias/ Agência O Dia
Márcio André (esq.), Demá Chagas, André Diniz e Marcelo Motta: criatividade e experiência na hora de comporFernanda Dias/ Agência O Dia
Por O Dia

Responsáveis pelos sambas que embalam os desfiles na Sapucaí, os compositores das agremiações são, muitas vezes, anônimos para o grande público. Com uma vida dedicada ao Carnaval, esses profissionais abusam da criatividade para conceber as músicas que vão para boca do povo. No Dia Mundial do Compositor, comemorado hoje, O DIA reuniu quatro recordistas da folia, que contaram o orgulho pelo sucesso de suas obras.

Márcio André, de 56 anos, tem mais de 140 sambas vencedores em vários estados. Neste ano, ele emplacou composição na Unidos da Tijuca, que vai contar a história do pão. "Sempre é uma alegria ganhar uma disputa. Já pensei em parar várias vezes, mas é uma cachaça, a gente fica sem dormir", disse ele, que começou aos 12 anos.

Vitorioso de sete composições no Salgueiro, Marcelo Motta, 36, já prefere se dedicar exclusivamente a sua escola do coração. Incentivado por Demá Chagas, 62, compositor de 'Explode coração' e com mais de 40 sambas emplacados, os dois dividem, pela primeira vez, uma composição da escola, que apresentará enredo sobre Xangô na Avenida. "O Salgueiro me completa, é um sonho de criança, a parte mais feliz da minha vida", reforçou Marcelo, que dorme com a sinopse embaixo do travesseiro. "Todos os sambas de Xangô no Salgueiro eu ganhei. Era a hora da gente se juntar", afirmou Demá.

Como pedido para a data, o compositor da Vila Isabel e vencedor de outros 11 sambas pelo Brasil apenas em 2019, André Diniz, 45, desejou a recuperação de Arlindo Cruz. "Ele me ligava nesse dia. Arlindo é o cara, o melhor do samba", disse, emocionado.

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