Desfiles na Marquês de Sapucaí foram liberados pela Justiça  - Divulgação
Desfiles na Marquês de Sapucaí foram liberados pela Justiça Divulgação
Por Lucas Cardoso

Rio - O Ministério Público do Estado (MPRJ) ajuizou, nesta quarta-feira, uma ação com pedido por interdição do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Centro do Rio. No documento, o órgão esclarece que, caso o Corpo de Bombeiros faça vistoria e elabore laudo técnico conferindo certificado de autorização especial, com base no atendimento mínimo necessário de segurança do público, o evento poderá ser realizado.

Além da autorização dos Bombeiros, o MPRJ pede que o Judiciário condicione a liberação do evento à assinatura, em um prazo de 24 horas, de Termo de Responsabilidade pelos presidentes da Riotur e da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), gestores do carnaval da cidade, assegurando que o Sambódromo reúne condições de segurança suficientes, além de apresentar plano de obras e trabalho para adequação das instalações físicas do local.

A 6ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania reforça o fato de que o Sambódromo já encontra-se interditado preventivamente pelo Corpo de Bombeiros para sediar eventos, ficando sua liberação condicionada a uma autorização especial concedida pelo órgão. E em se tratando de local frequentado por grande público deve, obrigatoriamente, que fixa os requisitos exigíveis nas edificações e no exercício de atividades, estabelecendo normas de segurança contra incêndio e pânico.

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Jorge Castanheira, falou ao DIA sobre a ação do MP. "Nos causa preocupação esse questionamento tão próximo do Carnaval. Já estamos tratando com os órgãos responsáveis, como o MP, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar desde novembro e dezembro. Tudo que nos foi pedido já foi feito. Não sabemos qual é o objetivo dessa ação. Temos a certeza que a segurança é importante, mas enquanto permissionários, somos apenas usuários do espaço", disse Castanheira.

"Não estamos cientes do teor da ação civil. Certamente o que podemos dizer pela experiência é que o Corpo de Bombeiros está conosco em todo o processo de estruturação durante os desfiles. Teremos que analisar o objeto da ação para entender o que precisará ser feito. Seria leviano da minha parte falar sobre a segurança do local. Nossa especialidade é falar sobre a parte artística mas, do ponto de vista superficial de análise do dia a dia, não tem nada que nos cause estranheza", finalizou.

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