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Rio - Representantes das escolas de samba do Rio afirmaram, em uma audiência na Câmara de Vereadores, ontem, que o prefeito Marcelo Crivella ainda não efetuou pagamento de parte da verba acertada em contrato com as agremiações, para o Carnaval passado.

Em relação ao Grupo Especial, o dinheiro devido da subvenção é de R$ 50 mil por escola, de acordo com Jorge Castanheira, presidente da Liesa.

Já o presidente da Lierj (que representa as divisões de acesso), Wallace Palhares, sustenta que a prefeitura deve repasses dos últimos dois carnavais: R$ 100 mil por agremiação.

O grupo participará de outras reuniões com o Ministério Público e a Riotur, para sanar dúvidas sobre o Carnaval 2020. "Mesmo que o Carnaval não gerasse um centavo, é preciso entendê-lo como uma expressão cultural e não apenas como um evento. A cidade inteira vive o Carnaval. Vamos lutar até o fim para garantir o Carnaval como direito do cidadão carioca", disse o vereador Tarcísio Motta, do PSOL.

De acordo com dados de 2018, da Fundação Getulio Vargas, o Carnaval do Rio gerou 72 mil postos de emprego, atraiu cerca de um milhão de turistas, gerando um aumento de R$ 3 bilhões na economia da cidade e arrecadação de R$ 77 milhões, só em ISS para os cofres públicos, mais que o dobro de seu custo, de R$ 31,4 milhões.

Prefeitura nega atrasos

Em nota, a Riotur informou "que todos os valores repassados às escolas de samba estão sujeitos à prestação de contas, que deverá ser analisada pela empresa para fins de aprovação dos gastos. Sendo assim, o fato faz parte do processo administrativo de prestação de contas, um controle dos gastos públicos, e não de um atraso de pagamento".
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Ainda segundo a Riotur, no caso da Liesa, o valor retido já foi empenhado, liquidado e será pago dentro dos próximos dias. No caso da Lierj, o processo está em conclusão para que pagamento possa ser feito o mais breve possível.

 

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