
Rio - Após a tentativa de reverter a perda de subvenção municipal com a proposta de abrir os portões do Sambódromo ao público, sem cobrança de ingressos, a Liga das Escolas de Samba do Rio (Lierj) definiu ontem que vai mesmo comercializar as entradas dos desfiles da Série A do Carnaval 2020. No mês passado, a Riotur confirmou que não teria verba para a folia e buscaria patrocínio privado para o projeto inédito, mas não obteve êxito.
"A prefeitura deu um prazo até 30 de novembro para uma resposta sobre o patrocínio. Como não nos procuraram, entendemos que foi negativo. Não vai ter jeito, dependemos da verba dos ingressos para o desfile acontecer, já que perdemos a subvenção municipal", explicou o presidente da Lierj, Wallace Palhares. As vendas devem começar na primeira semana de janeiro.
Já o valor dos ingressos, que neste ano custaram a partir de R$ 15, devem sofrer um "reajuste mínimo", segundo Palhares. "Estamos negociando os últimos detalhes com a Liesa. A expectativa é arrecadar de R$ 150 mil a R$ 200 mil com as entradas", acrescentou o presidente da Lierj. No último Carnaval, cada agremiação da Série A recebeu R$ 250 mil por parte da prefeitura.
A expectativa da Liga agora é em relação ao governo estadual, que negocia patrocínio com a Light e Souza Cruz. "Seria a nossa salvação. É um Carnaval que está sendo muito dificultoso, é assustador porque várias escolas estão paradas", destacou Palhares.
Transmissão da intendente
Os desfiles da Intendente Magalhães podem ganhar, pelo primeiro ano, transmissão na TV aberta. O prefeito Marcelo Crivella negocia, com a direção da RedeTV!, a transmissão das agremiações do Grupo Especial da Intendente, que engloba as antigas Série B e C.
"Há duas semanas, estive com o prefeito e com o presidente da Riotur, que levantaram a hipótese da transmissão. Eles me perguntaram o que eu achava e respondi que proposta é maravilhosa", afirmou Clayton Ferreira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Brasil (Liesb), que administra os desfiles.
Público deve aumentar 20%