Em sentido horário: alegoria marcante da Unidos de Padre Miguel para contar a história da capoeira (à esquerda); a força das mulheres será o tema do Império Serrano; as benzedeiras da Renascer vão marcar presença na Sapucaí; e Leandro Vieira quer levantar a galera com Lamartine Babo na Imperatriz - divulgação
Em sentido horário: alegoria marcante da Unidos de Padre Miguel para contar a história da capoeira (à esquerda); a força das mulheres será o tema do Império Serrano; as benzedeiras da Renascer vão marcar presença na Sapucaí; e Leandro Vieira quer levantar a galera com Lamartine Babo na Imperatrizdivulgação
Por Thuany Dossares

Entre cores, percussão e alegorias, muita exaltação à cultura africana e seus ritos de fé. Esse será o tema cantado nos enredos de nove das 14 escolas de samba da Série A, que invadem a Marquês de Sapucaí, a partir das 22h de hoje. Com uma administração municipal que não concedeu apoio financeiro às agremiações, os enredos focados em batuques africanos soam como uma crítica política, segundo o comentarista de Carnaval Fabio Fabato: "A Série A vem falando de enredos que remontam tradições das religiões de matrizes africanas".

Vão abordar enredos sobre a cultura africana a Unidos de Padre Miguel; Acadêmicos de Vigário Geral; Rocinha; Porto da Pedra; Cubango; Renascer de Jacarepaguá; e Império Serrano, que desfilam hoje. Amanhã será a vez de Acadêmicos do Sossego e Unidos de Bangu cantarem o mesmo tema.

Conhecida por fazer grandes carnavais no grupo de acesso, a Padre Miguel entrará na Avenida com o enredo 'Ginga', contando a história da capoeira.

"É a primeira vez que a capoeira será o destaque principal de um enredo e vamos mostrar sua grandiosidade como ato de resistência e patrimônio cultural imaterial da humanidade", diz o carnavalesco Fábio Ricardo, adiantando que a comissão de frente será formada apenas por capoeiristas.

A força da tradição na Avenida

Com muita tradição no Carnaval, a Imperatriz Leopoldinense, que já levantou oito taças do Grupo Especial, vai cantar na Avenida o samba‘Só dá Lala’, homenageando o compositor Lamartine Babo.
Para retornar à elite, a escola de Ramos aposta no carnavalesco Leandro Vieira, bicampeão pela Mangueira. “Preparei um desfile muito alegre e por isso escolhi Lamartine”, declarou Vieira.
“A Imperatriz vai reeditar o samba de 1981.Ela é uma das grandes favoritas, junto com Padre Miguel. Porto da Pedra corre por fora”,opina Fábio Fabato.
A Inocentes de Belford Roxo vai homenagear as mulheres, tendo à frente ninguém menos que a jogadora Marta. Já a Acadêmicos de Santa Cruz vai levar o público ao interior do Ceará, com ‘Santa Cruz de Barbalha - Um conto popular no Cariri cearense’. A Unidos da Ponte cantará ‘Elos para a eternidade’, sobre o legado do samba para as comunidades. Império da Tijuca quer sacudir a Avenida como enredo ‘Quimes de um eterno aprendiz’.

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