Bola Preta 2020: A porta estandarte, Leandra Leal, o padrinho, Neguinho da Beija Flor, e a madrinha, Maria Rita - Fernando Maia / RioTur
Bola Preta 2020: A porta estandarte, Leandra Leal, o padrinho, Neguinho da Beija Flor, e a madrinha, Maria RitaFernando Maia / RioTur
Por Marina Cardoso
Rio - Tradição no Carnaval carioca, o Cordão do Bola Preta levou uma legião de foliões ao Centro do Rio na manhã deste sábado, em seu 102º desfile. Nem a chuva, que caiu por volta das 10h, desanimou o público – embora alguns foliões tenham notado que o bloco estava mais vazio do que nos outros anos. 
Neste ano, o bloco homenageou o centenário de nascimento da divina Elizeth Cardoso, a eterna madrinha do Bola, e Carmem Costa, a primeira cantora a dar voz ao famoso hino do Cordão, hoje símbolo do carnaval de rua do Rio.
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Estavam presentes a rainha do Bola 2020, Paolla Oliveira, a madrinha, Maria Rita, o padrinho, Neguinho da Beija Flor, a porta estandarte, Leandra Leal, a Musa das musas, Selminha Sorriso, e a musa do centenário Mirian Duarte, além das cantoras Emanuelle Araújo e Nina Rosa, que farão uma participação especial no desfile deste ano.
Paolla, que chegou por volta das 10h30, disse que é lindo estar mais um ano em um dos blocos mais importantes do Carnaval do Rio. "É lindo demais ver tanta gente assim no Centro, curtindo a festa mais popular que existe. Está cada vez mais fácil festejar, mas que só não nos falte paz , tranquilidade e amor" disse.
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O Bola Preta de 2020 contou ainda com um esquema de revista, que está sendo feito pela Polícia Militar em todos os chamados megablocos da cidade.
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O centenário de Elizeth Cardoso e Carmem Costa

A história das duas homenageadas se confunde com a história do Cordão da Bola Preta e com a própria história do carnaval carioca. Elizeth Cardoso, também conhecida como Divina Elizeth, foi a primeira madrinha e hoje tem o título permanente no Cordão. Sua ligação com o Bola Preta fica ainda mais forte e eternizada com a gravação do disco Elizeth no Bola Preta com a Banda do Sodré, em 1970.

Já Carmen Costa é um dos maiores nomes do carnaval. Descoberta aos 15 anos, quando trabalhava na casa do cantor Francisco Alves, cantou e compôs por toda a sua vida. Em 2003 foi tombada Patrimônio Cultural do Brasil e, na ocasião, a dona da voz do hino do Bola Preta e de sucessos Com Eu sou a outra, Cachaça não é águae Está chegando a hora, escreveu Tombamento.

A homenagem do Bola Preta a esses dois ícones da música e do carnaval, não terminará com o desfile. Ao longo do ano também serão apresentados shows tributos na sede do Cordão.

Oficina de percussão
Nos planos para se preparar para seu segundo centenário, o Cordão da Bola Preta traz novidades para todo o ano de 2020. Uma delas é a primeira Oficina de Percussão do Bola Preta, que terá início no mês de junho, mas irá abrir para pré-inscrições em breve. As aulas de surdo, caixa, repique e tamborim, serão ministradas na própria sede, que também passa pela reforma do telhado e um tratamento acústico. Da oficina será formada uma ala de ritmistas, que participará junto com a banda do Cordão da Bola Preta em 2021.

A oficina já estréia com equipamento novo na sede,o novo palco Maestro Roberto Sodré, inaugurado na última feijoada em homenagem a todos os maestros que já passaram pela história do cordão.

As pré inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo email oficinabolapreta@gmail.com. Basta enviar o nome, RG e instrumento de preferência.