Autora falou sobre documentário contando sobre o assassinato de Daniella PerezReprodução
Publicado 25/10/2021 14:27
Rio - Gloria Perez autorizou a produção da série documental sobre o assassinato da filha, Daniella Perez, ocorrido em dezembro de 1992. Apesar do assunto ser sensível para a autora de novelas, Gloria contou que abriu os arquivos pessoais sobre a filha por um compromisso da diretora Tatiana Issa, responsável pela produção da HBO Max. 
Para o podcast 'Novela das 9', do Gshow, ela contou que a diretora se comprometeu a ser fiel aos autos do processo que levaram à prisão de Guilherme de Pádua, na época par romântico de Daniella na novela 'De Corpo e Alma' e da mulher dele na época, Paula Thomaz. 
“Você não pode impedir que histórias públicas sejam contadas”, disse Glória. “Então, já que alguém, em algum momento, iria fazer essa história, prefiro que façam com esta seriedade, se atenda ao que está no processo. Foi por isso que abri meu arquivo para eles. É um compromisso escrito e com autorização da Globo", contou. 
Ela revelou as expectativas em relação à série. "Espero que faça justiça à minha filha", disse. A autora adiantou que não autorizou que a série fizesse encenações por atores, como nos filmes sobre o caso Richthofen. "Jamais admitiria, essa história é para documentário", afirmou. 
"Essas pessoas não foram condenadas à toa. Elas foram condenadas por homicídio duplamente qualificado porque existiram provas suficientes para que isso acontecesse. Só que essa narrativa nunca foi feita. Aliás, de uma maneira geral, ela nunca é feita em caso nenhum. Depois do julgamento, a imprensa não se interessa mais por aquele caso", disse. 
Daniella Perez foi morta em 1992. O corpo da atriz foi encontrado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, com 18 estocadas. Guilherme e Paula foram condenados a 19 anos e 6 meses de prisão, hoje estão soltos após cumprirem um terço da pena. 
A série terá relatos de Gloria, mãe da vítima e autora da novela que tinha os dois no elenco. Também terá entrevista de Raul Gazolla, viúvo e do diretor Wolf Maya, além de colegas e profissionais nas investigações. O assassinato da atriz completará 30 anos em 1992.   
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