Produtora faz fogueira em município de Manaus e diz que vídeo vai 'abrilhantar Rock in Rio' - Reprodução YouTube
Produtora faz fogueira em município de Manaus e diz que vídeo vai 'abrilhantar Rock in Rio'Reprodução YouTube
Por O Dia
Rio - A produtora Maria Farinha Filmes armou um incêndio "fake" em Presidente Figueiredo, município da região Metropolitana de Manaus, no Amazonas. A intenção da produtora era simular em vídeo um grande incêndio na Floresta Amazônica. Em um vídeo que circula nas redes sociais, um homem, que seria integrante da Maria Farinha Filmes, diz que o filme iria passar na abertura do festival. 
Segundo a produtora informou em nota, o filme seria oferecido a organização do Rock In Rio, mas isso nem chegou a ser feito. "O curta seguirá sua carreira e será lançado normalmente. Reiteramos, portanto que o Rock in Rio não mantém nenhum envolvimento com o projeto", diz um trecho do comunicado.
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De acordo com o portal "Manaus Alerta", devido a fumaça provocada no dia da gravação, o secretário de turismo da cidade, Paulo Lins, acionou a 37ª DP e sugeriu a apreensão dos equipamentos. A licença conseguida pela produtora seria apenas para filmar a cachoeira e cavernas turísticas da região. 
Também em nota a Maria Faria Filmes alega que a fumaça utilizada era artificial e que a área escolhida para a filmagem não sofreu qualquer alteração ambiental. "Para reforçar o compromisso com a total segurança, um dos mais respeitados técnicos de efeitos especiais do Brasil foi contratado, a fim de preparar o local e acompanhar a gravação. Por conta da fumaça gerada, a partir de fogueiras simuladas, a polícia foi acionada. O delegado esteve no local e verificou a legalidade de tudo o que estava ocorrendo no cenário, assim como representantes da Secretaria municipal do Meio Ambiente. Depois dos esclarecimentos, as gravações seguiram normalmente", diz outra parte do comunicado.
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Já a organização do Rock in Rio afirmou em comunicado enviado nesta quinta-feira que não tem nenhuma relação com a produtora. "A organização do Rock in Rio desconhece o conteúdo que está circulando na mídia e nas redes sociais que traz um vídeo que simula um incêndio na Amazônia. Reitera também que não tem qualquer envolvimento com esta produção", diz a nota.

"O Rock in Rio aborda temas sociais e de sustentabilidade, desde 2001, somente pela ótica positiva e jamais trabalharia com imagens de desmatamento, pelo contrário. O evento, desde 2006, planta árvores em diversos países. E, a partir de 2016, concentrou seus esforços na Amazônia, com o projeto Amazonia Live", completa o comunicado. 
Assista ao vídeo:
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Confira as notas na íntegra: 
Maria Faria Filmes
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"A Maria Farinha Filmes vem a público esclarecer que o curta de ficção que acaba de produzir na região amazônica é uma obra independente e autoral e sem relação alguma com o Rock In Rio.

A produção, um curta de ficção destacando a importância de preservar as florestas, faz parte da estratégia da Maria Farinha de estimular visões positivas de futuro e integra o compromisso que assumimos na construção de um mundo melhor.

Por isso, o filme – cuja ideia nasceu há mais de 6 meses, portanto antes inclusive das recentes notícias sobre a Amazônia – faz uma viagem ao ano de 2044, e mostra uma floresta em pé, rica, gerando riquezas para o Brasil e para os povos locais. Faz uso, inclusive, de computação gráfica para isso. Em uma das cenas, a personagem principal se vê envolta em fumaça. Para gravar essa tomada, usamos efeitos especiais e uma fumaça cenográfica.

Por conta do compromisso histórico do Rock in Rio com a Amazônia, a produtora tinha planos de oferecer o curta para exibição na abertura do festival. Isso sequer chegou a ser feito. O curta seguirá sua carreira e será lançado normalmente. Reiteramos, portanto que o Rock in Rio não mantém nenhum envolvimento com o projeto.

Nos dias 12 e 13 de setembro, a equipe da produtora estava fazendo um curta de ficção, cuja história se passa na Floresta Amazônica. A filmagem aconteceu no município de Presidente Figueiredo, a 120Km de Manaus. Como parte do roteiro, foi ambientada uma cena com efeitos especiais que simulavam o visual de um incêndio.

A locação escolhida para a cena, com o devido termo de autorização, era uma propriedade particular que já estava sendo preparada para o plantio de mandioca. A área escolhida não sofreu qualquer alteração ambiental por parte da produtora. Para reforçar o compromisso com a total segurança, um dos mais respeitados técnicos de efeitos especiais do Brasil foi contratado, a fim de preparar o local e acompanhar a gravação.

Por conta da fumaça gerada, a partir de fogueiras simuladas, a polícia foi acionada. O delegado esteve no local e verificou a legalidade de tudo o que estava ocorrendo no cenário, assim como representantes da Secretaria municipal do Meio Ambiente. Depois dos esclarecimentos, as gravações seguiram normalmente.

A Maria Farinha Filmes, primeira produtora da América Latina a receber o certificado B Corp, concedida a empresas comprometidas com os mais altos padrões de impacto social e ambiental, está aberta para prestar quaisquer esclarecimentos acerca do episódio.

E reforça que ao longo de sua trajetória, que inclui mais de 25 filmes, séries e outros formatos que impactaram milhões de pessoas em todo o planeta, sempre se pautou, como princípio, pelo respeito ao meio ambiente."
 
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Rock in Rio  
"A organização do Rock in Rio desconhece o conteúdo que está circulando na mídia e nas redes sociais que traz um vídeo que simula um incêndio na Amazônia. Reitera também que não tem qualquer envolvimento com esta produção.

O Rock in Rio aborda temas sociais e de sustentabilidade, desde 2001, somente pela ótica positiva e jamais trabalharia com imagens de desmatamento, pelo contrário. O evento, desde 2006, planta árvores em diversos países. E, a partir de 2016, concentrou seus esforços na Amazônia, com o projeto Amazonia Live."
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*A nota foi atualizada às 16h20 para o acréscimo da posição da produtora Maria Faria Filmes. 
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