
Rio - Não fale mal de um paparazzo na frente de Guilherme Gonzalez. Assim que recebeu o convite para interpretar o fotógrafo Zito da novela ‘Sangue Bom’, da Globo, o ator resolveu acompanhar a rotina dos profissionais que trabalham em busca de flagrantes de famosos, no Leblon, para entender melhor o universo de seu personagem. Após cinco dias de ‘estágio’ pelas ruas do bairro, ele viu o que realmente acontece por trás dos holofotes.
“Pude observar que muitos artistas provocam, querem ser fotografados. Terminam um relacionamento e vão sofrer no Leblon, onde todos sabem que tem paparazzi em todo canto. Também tem o artista que liga para o fotógrafo e conta que está por perto. Alguns que mostram o dedo na foto são escravos da mídia”, observa Gonzalez.
Ele critica o comportamento de celebridades como Amora (Sophie Charlotte), que trata os paparazzi como vilões e já chegou a agredir Zito e a quebrar sua câmera. “Ela não tinha o direito de fazer aquilo. Na cena, fiz questão de não deixá-lo como vilão. A Amora é uma subcelebridade, vive dos holofotes”, diz o ator, que confessa ser leitor de sites e revistas de famosos. “A vida do outro sempre parece mais interessante, né?”, brinca.
Segundo Guilherme, há uma explicação para o interesse do público pela vida das celebridades. “Alguns artistas se vendem dessa forma, como se fossem diferentes dos outros, não fizessem compras no supermercado, não tivessem dívidas e não acordassem com mau hálito”, diz.