Por bianca.lobianco

Rio - Não se trata apenas de uma competição. Para Buddy Valastro, mais conhecido como Cake Boss, o que está em jogo na versão brasileira de ‘Batalha dos Confeiteiros’ é a tradição de sua família. No reality que estreia amanhã, às 22h15, na Record, o famoso chef confeiteiro ítalo-americano está à procura de um doceiro talentoso, criativo e confiável para comandar a primeira filial da sua loja Carlo’s Bakery fora dos Estados Unidos.

Buddy Valastro cercado pelos 14 participantes do reality ‘Batalha dos Confeiteiros’%2C que estreia amanhã na Record Divulgação

“É possível perceber o talento dos brasileiros. Eles demonstram ter uma paixão muito grande pelo trabalho que executam. No programa, eu não estou apenas procurando o melhor confeiteiro, mas também um profissional que tenha capacidade para administrar uma loja minha. Por essa razão, eles precisam apresentar uma série de habilidades”, diz.

Ao longo das gravações dos dez episódios, Buddy ficou feliz com o desempenho dos 14 participantes, que foram escolhidos em diversas regiões do país. “O nível deles é bem alto, e eles realizaram um excelente trabalho”, avalia. A diferença entre os brasileiros e os estrangeiros também foi notada. “Os brasileiros são movidos à emoção, mais do que os profissionais que participam dos programas norte-americanos, por exemplo. Eles choram, riem, festejam, são mais à flor da pele”, compara.

Apesar de Buddy ainda não falar português, a comunicação com os participantes é relativamente tranquila.

“Realmente, a língua é uma barreira, mas, como 70% dos participantes entendem inglês, não há muito problema”, explica ele, que utilizou um ponto eletrônico e tradução simultânea nas gravações. “O participante não precisa saber inglês para entender quando fico contente com um trabalho que ele realizou ou quando fico nervoso ou bravo diante de uma sobremesa malfeita”, completa.

O confeiteiro escolheu o Brasil para fazer seu novo reality, exibido em 200 países, e abrir a filial de sua loja, em São Paulo, por um motivo simples. “Os fãs brasileiros fazem eu me sentir em casa”, confessa. A paixão pelo país começou em julho do ano passado, durante um evento no shopping Eldorado, onde mais de dez mil pessoas foram vê-lo. “Nunca tinha visto na vida”, surpreende-se ele, que antes de vir ao Brasil só conhecia o que “o mundo todo conhece”: “Futebol, Carnaval, samba, Pelé, Ronaldo, mulheres bonitas, gastronomia”.

Tratado como celebridade no país, Buddy não sabe explicar a razão de tanto sucesso, mas está lidando bem com o assédio. “Eu injeto 100% do meu esforço nesta atividade. Fora isso, posso dizer que o alicerce de todo o meu trabalho é a minha família, que, inclusive, trabalha comigo”, diz ele, que passou um mês em São Paulo gravando o programa. “Fui a vários restaurantes e acredito que tenha ganhado algum peso por aqui”, conta. Buddy volta ao Brasil em dezembro para comandar a final do reality ao vivo. 

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