Lázaro Ramos 
 - Paulo Belote / TV Globo
Lázaro Ramos Paulo Belote / TV Globo
Por G ABR IEL S OBRE I R A | gabriel.sobreira@odia.com.br

Rio - Quando foram os melhores anos da sua vida? Em 1960, 1970, 1980, 1990 ou 2000? Para ajudar a lembrar fatos importantes e curiosos de cada geração, e claro divertir também, a Globo estreia hoje, às 23h, 'Os Melhores Anos das Nossas Vidas', game show sob o comando de Lázaro Ramos, que conta com cinco artistas representando cada década: Marcos Veras (60), Marco Luque (70), Lúcio Mauro Filho (80), Ingrid Guimarães (90) e Rafa Brites (2000).

"O programa não se repete. Tem os quadros, mas eles não são fixos, a dinâmica das décadas é que determina como vai ser o programa. É um frisson da estreia do teatro todo dia. E essa coisa de fazer um programa de auditório, você não para. Vai gravando, vai gravando e tem uma hora que tem que parar e interagir", explica apresentador do game show.

FORA DE CASA

O apresentador está tão focado em fazer um ótimo trabalho que, de segunda-feira (dia 1º) para terça-feira (dia 2), não foi para casa. "Dormi em uma pousada perto do Projac. A gravação era muito perto e queria me concentrar. Fiquei até 1h da manhã estudando, acordei às 8h, estudei até 11h e fui para o Projac", conta. "Tenho que tentar fazer o meu melhor como profissional, fazer bem feito. O título (de apresentador) não garante nada, o que garante é empenho e se preparar para os lugares que você ocupa".

DINÂMICA

A cada programa, duas décadas se enfrentam. Na estreia são os anos 80 (Lúcio Mauro Filho) contra os anos 90 (Ingrid Guimarães). O objetivo é conquistar a preferência dos 100 jovens da plateia, de 18 a 20 anos, que terão um celular nas mãos e, por meio de um aplicativo desenvolvido pela Globo, votam ao longo do programa na década em que eles gostariam de ter vivido.

"É uma disputa que dá uma oportunidade de rever, relembrar músicas, atitudes, comportamento, vestuário, notícias das épocas e ver como isso reflete na gente hoje. Temos esses jovens que não viveram o que a gente está contando. E tem a plateia que tem mais de 20 anos", diverte-se Lázaro. "Quando entrou a Wanderléa, a galera de trás vibrou e contaminou os jovens da frente. Quando entrou a Vanessa da Mata, os jovens vibraram e contaminaram os que estavam atrás. É legal ver essa reação", completa.

BEM DIFERENTE

Para Lázaro, o fato de comandar um programa de auditório faz toda diferença. "No 'Espelho' (programa do Canal Brasil), ficava duas horas com uma pessoa, no 'Lazinho Com Você' (Globo), eu passava o dia na rua. Aqui tem que ter energia do teatro mesmo. E tem interação, receber o que vem da plateia, deles (líderes) que são loucos e soltam improvisos. É um grande aprendizado esse caminho de comunicador que acabei tomando independentemente da carreira de ator", observa.

DIFÍCIL

Marcos Veras (60) está animado com o projeto, mas confessa que não é a década que mais gostaria de representar. "Pensei que fossem me chamar para os anos 90 (risos). Vou fazer a novela 'Verão 90', mas aí era para a década de 1960. A impressão que eu tenho é que as décadas de 60 e 70 (Marco Luque) são mais difíceis de competir e convencer esses jovens de aproximadamente 20 anos de que era uma década legal, inovadora e revolucionária. Na memória deles e dos pais deles são bem mais recentes as décadas de 90, 80 e 2000",diz.

GOLPE BAIXO

Como é uma disputa, cada competidor coloca as cartas que tem para poder trazer a plateia para o seu lado. "Vale seduzir os jurados também, já que é competição?", questiona Veras. Ingrid Guimarães (90) entrega que a brincadeira foi direcionada para ela. "Eu rebolo. Faço jogo baixo", entrega, aos risos. Lázaro aproveita para esclarecer. "Ela paquerou cinco convidados. A estratégia dela é essa", coloca lenha na fogueira. A loura se defende: "Deixa eu explicar porque pode sair mal na mídia. O Giovane, do vôlei, era o maior galã da época. E o Paulo Ricardo, do RPM, também. Só isso".

Lázaro provoca ainda mais. "Como estratégia para vencer, tem quem use golpe baixo direto. Por exemplo, dizer que vai seguir a plateia nas redes sociais", confessa, às gargalhadas. E Ingrid assume. "Chegou uma hora que pensei: por que estou tão feliz de ter vencido, se não tem nada (prêmio) para ganhar?", brinca. "Achei engraçado é como (os 100 jovens) mudam rapidamente de opinião. De repente, está ganhando o programa, entra um número musical e (o placar) vira. São muito volúveis", zoa.

Segundo o apresentador, o programa gera muita conversa ("Os jovens não sabiam que era permitido fumar no avião", diz Lázaro) e bastante reflexão. "Tem uma frase que a gente usa muito: 'Antes era melhor, agora está pior'. Será mesmo que antes era melhor e que agora está pior? O que melhorou ou piorou? O programa não vai trazer uma resposta porque estamos fazendo entretenimento, mas trazer reflexão de uma maneira leve e sadia", promete.

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