Miguel Falabella - Onofre Veras/Parceiro/Agência O Dia
Miguel FalabellaOnofre Veras/Parceiro/Agência O Dia
Por O Dia
Rio - Miguel Falabella participou do programa "Papo de Segunda", da GNT, na noite desta segunda-feira e contou que não aguenta mais as lives que tomaram conta da internet nesse período de isolamento social. 
"Quando vejo que alguém está fazendo uma live me dá vontade de sair gritando. Estou 'pelas tampas' com lives'", disse Miguel Falabella. "O [Umberto] Eco tinha razão, a internet deu voz ao idiota da aldeia. Agora todo mundo se acha genial e quer fazer live o tempo inteiro", completou Falabella, que disse que só acompanha algumas lives. 
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"Estou em isolamento, mas estou trabalhando, tenho o que fazer, não estou à toa. Claro que não estou generalizando, mas se for assim vou passar o dia todo em lives", afirmou Falabella, que também disse que não se acha interessante ao ponto de fazer lives. 
"Não acho que eu seja uma pessoa interessante para as pessoas. O meu trabalho sim pode ser interessante, mas eu não", disse. 
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Miguel Falabella tem postado poesias e curiosidades nas redes sociais durante esse período de quarentena. "Na minha página não tem bobagem. Falo de poesia, pois acho importante recuperar a língua, ainda mais em uma época em que as pessoas não leem mais nada. Então, elas podem ouvir e perceber como o português é bonito. Esse é um bom uso da internet, o de poder efetivamente trazer coisas interessantes para as pessoas", analisou.
Emicida, um dos apresentadores do Papo de Segunda, concordou com Miguel. "Eu vejo que satura. Tem gente que até está substituindo a palavra ligação por live.Todo mundo está querendo ser visto e a internet virou esse grande ponto de encontro. Parafraseando o Chico Bosco (também apresentador do programa), a internet é o nosso novo espaço público". 
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"As lives são como uma faca de dois gumes. Por um lado é uma janela oportuna para realizarmos um tipo de interação social, já que todos os nossos compromissos sociais foram suspensos. Então, é importante fazer [as lives]. Por outro, que acho bastante perigoso, é que vários artistas entregam gratuitamente as suas criações, sem receber nenhum tipo de remuneração, para plataformas que lucram muito, principalmente com publicidade", completou o rapper.