Nesses três meses, a CNN Brasil não chegou nem perto da audiência da GloboNews, sua principal concorrente, mas Douglas ressaltou que os dados do Kantar Ibope indicam que 80% dos telespectadores do canal são das classes A e B, superando a GloboNews que conta com 75% do público com esse perfil. "A gente não quer audiência por audiência. Na TV paga, a gente quer audiência qualificada, audiência do formador de opinião", declarou.
Polêmicas e mais polêmicas
Uma das profissionais que mais ganhou visibilidade no canal é a advogada criminalista Gabriela Prioli – que acabou sendo retirada do "Grande Debate" mesmo com sua visibilidade. "A Gabriela é uma prata da casa, um supertalento. Ela ganhou projeção nacional com a CNN e é um talento de comunicação, de oratória. O que aconteceu foi um episódio pontual. Ela continuou no canal e está agora num projeto que a gente vê muito potencial, o CNN Tonight", afirmou Douglas.
Além de Gottino e Monalisa Perrone, outra grande aposta da emissora foi Evaristo Costa, mas seu programa sobre séries originais acabou derrubando a audiência do canal nos domingos à noite. "Está dentro do esperado na consolidação deste público qualificado que eu falei. É uma parte da CNN que investe num jornalismo que a gente chama de 'soft news'. E também foi prejudicado, no início, pela pandemia porque a gente tinha a previsão de estreá-lo no segundo domingo e quando começaram os plantões de pandemia tivemos que segurar".
O fato de William Waack ter sido colocado para comentar os protestos antirracismo nos Estados Unidos também gerou polêmica nas redes sociais, isso porque o jornalista foi demitido da Globo após ele soltar comentários racistas no ar. "Ele cometeu um erro (na Globo), ele se desculpou publicamente por esse erro e foi punido por isso. Ficou um tempo fora do mercado. Só que não merece uma punição eterna. Ele não merece outra oportunidade profissional depois de 40 anos de carreira? A CNN entendeu que ele merece", pontou Douglas.