Rio - A advogada Mariana Maduro foi filmada sem consentimento enquanto praticava ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro. O ato de ter sido gravada por homens que tinham uma conversa sexual enquanto a olhavam virou caso de Polícia e está sendo investigado. "Celsão, tu é o maior doente sexual, né?", diziam os homens e comentavam que fariam "creme chantili" quando assistissem às cenas novamente.
Durante o "Encontro com Fátima Bernardes", a advogada vítima das gravações falou que ficou sabendo do vídeo porque seguidores mandaram para ela. As filmagens foram postadas por um homem que tem mais de 300 mil seguidores e possui uma loja de artigos militares.
"Eu só consegui vomitar. Eu senti tanto nojo que eu só ficava vomitando e chorando. Eu não acreditava que a minha prática, que eu achava tão linda, tinha sido sexualizada. Meu sentimento é que eu tinha virado um filme pornô", falou.
"Eu me senti muito violentada", Mariana disse. A advogada também fez uma denúncia contra os homens que a filmaram e eles terão que responder na Justiça. "Estou me sentindo estuprada, uma pessoa que eu não conheço está violando meu corpo, violando minha alma", declarou.
Mariana revelou que já sofreu outras violências. No passado, ela foi agarrada na rua e disse que desenvolveu síndrome do pânico por causa disso. A advogada falou que agora não se sente mais confortável para fazer exercícios em lugares públicos. "A gente está sempre se privando para não ser violentada, mas ao mesmo tempo somos", ela reflete.
Segundo a carioca, o advogado do homem que a filmou enquanto praticava ioga disse que o ato se tratava de um "conversa particular entre amigos". Porém, Mariana critica que foi um diálogo postado para 300 mil seguidores. "Há o estímulo a você fazer essa prática, já que a gente não tem uma legislação rígida, em maneira criminal, para impedir isso. São crimes, se ele estivesse roubado meu carro ele estria preso, mas ele roubou a minha dignidade, a minha liberdade e ele está solto", a advogada analisa por fim.
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