Fátima Bernardes
Fátima BernardesReprodução/Globo
Por iG
São Paulo - Fátima Bernardes criticou as prioridades de Jair Bolsonaro (sem partido) e políticos brasileiros que pretendem retomar o voto impresso no Brasil. Ao falar sobre os assuntos em alta, nesta sexta-feira, na internet, ela afirmou: "Ontem o presidente disse que se não tiver voto impresso, em 2022 não haverá eleições. Muito preocupante essa afirmação e eu fico pensando se este é o assunto mais prioritário no momento que estamos vivendo", iniciou a apresentadora do "Encontro".
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"Além disso, todas as pessoas que estão discutindo esse assunto, na verdade, foram eleitas pelo voto em urna eletrônica. Então... será que é isso que temos que estar discutindo nesse momento?", disse a apresentadora, deixando o questionando em tom de alfinetada no ar.
Entenda o caso
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A briga do voto impresso começou quando Luís Roberto Barroso disse que o método de eleição por voto impresso criaria "o caos". Em resposta, Bolsonaro rebateu dizendo. "Eu acho que ele [Barroso] é o dono do mundo, o Barroso, só pode ser, o homem da verdade absoluta, não pode ser contestado. Ninguém mais aceita o voto que tá aí, como vai dizer que esse voto é preciso, legal, é justo?", iniciou o presidente.
“Se o Parlamento brasileiro, por maioria qualificada, por 3/5 da Câmara e no Senado, aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Vou nem falar mais nada, vai ter voto impresso. Porque se não tiver voto impresso é sinal de que não vai ter eleição, acho que o recado tá dado. Não sou dono da verdade, mas eu respeito o Parlamento brasileiro assim como eu respeito o artigo quinto da Constituição", acrescentou o chefe do executivo.
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"Quem acha que não tem fraude, porque está com medo do voto impresso? Quem quer uma democracia e quer que o voto valha de verdade, tem que ser favorável. Parabéns a Bia Kicis, autora do projeto e ao Arthur Lira. Quem for contra, ou acredita em Papai Noel ou tá do lado do Barroso, ou sabe que pode ter fraude e acha que irá se beneficiar", encerrou Bolsonaro.
Na quinta-feira (07), o Brasil passou a marca de 15 milhões de casos de Covid contabilizados e registrou 2.531 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 417.176 óbitos desde o início da pandemia, o que é considerado um momento crítico para os especialistas.