Rio - Queridinho o ano todo, o xadrez voltou mais uma vez com tudo neste outono-inverno. Versátil, ele pode ser encontrado em blusas, vestidos, calças e saias. A estampa ainda vai bem com qualquer estilo e pode ser usada em qualquer ocasião. Convidada para o ensaio de moda desta edição, a cantora Gabi Lima posou com looks inspiradores e garantiu que também usa a tendência. "Eu uso muito xadrez. Ainda mais nesta época de outono-inverno. Quando viajo para lugares frios, acho muito chique essa estampa. Acho que o xadrez traz uma coisa boho chic (que tem influências boêmias e hippies). E como não tenho um estilo definido, uso no dia a dia também. Depende muito da minha 'vibe'. Às vezes, estou mais mulherão. Outras, mais menininha. Depende do meu momento. E o xadrez traz essa versatilidade, que dá para ir do confortável ao chique. Gosto de, além de tudo, estar bem vestida, antenada na moda", garante.
A sertaneja ainda brinca sobre seu visual. "Além de ser voz, eu tenho que ser visual. O produto final engloba tudo isso. Tem que ser multifacetada. Você tem que vender e criar tendência em tudo, não só na música. Tem que mostrar personalidade também no seu estilo, no corte de cabelo, na cor do cabelo. E devido à minha profissão, posso brincar com isso. Posso ter mais de uma versão de Gabi. Até gostaria de ter mais versões, com peruca", conta ela, entre um clique e outro.
NOVO CLIPE
Gabi Lima gravou uma parceria com o cantor de funk, Du Muniz neste mês. "Fiz um feat com um cantor de funk, o Du Muniz. Ele queria que eu cantasse com ele e me chamou para gravar a música, 'Fala que Tu Para'. Depois, me chamou para gravar o clipe agora. O clipe é de uma mulher ciumenta, que quer ver o telefone do cara, como se alguém estivesse ligando, dando mole. E ela cobra esse homem porque a mulher está dando mole para ele. Só que o rapaz em si não está fazendo nada", diz ela, que garante já ter sido muito ciumenta. "Eu era superciumenta. Hoje, eu ainda sou um pouco, mas era demais e já aprendi. Engraçado que com o Gui (o ator Guilherme Duarte, seu noivo), sou ciumenta com ele, não com ele atuando. Já vi ele fazer um monte de coisa, beijar na boca de língua, na minha cara, e tudo bem. Não sei se porque ele é ator", comenta.
GRAVAÇÃO DE DVD
No ano passado, a sertaneja gravou seu primeiro DVD, previsto para ser lançado em meados deste ano, na Praia de Cumbuco, no Ceará. "Foi muito incrível gravar meu primeiro DVD. Foi uma conquista muito grande pra mim. Nunca imaginei que pudesse gravar algo do tipo, em um outro estado, com uma recepção maior que eu imaginava. Cheguei ao aeroporto e as pessoas me conheciam. Fretaram ônibus pra ir me ver, as emissoras cobriram. Gravei ano passado para lançar sem previsão, porque eu tive a oportunidade. E se tem uma coisa que eu não perco é oportunidade. Devo lançar em meados do ano mesmo", diz Gabi, que confessa que a carreira de cantora é repleta de dificuldades. "Passa um filme na cabeça não só na gravação do DVD como até hoje. Porque há muita dificuldade. O Rio de Janeiro e o Brasil inteiro são muito fechado para a música. Tem muito esse lance de grana. Então, você entra em uma competição desigual. Porque você tem que pagar para participar de algumas coisas, outras não. Outras você consegue por talento, mas acaba dando uma volta muito maior, tem que mostrar muito mais para você conseguir aparecer", avalia.
PARCERIAS MUSICAIS
A sertaneja conta que vem muita música boa por aí. "Eu tenho várias músicas pra lançar. E tem os feats (parcerias) ainda. Não posso adiantar quais, mas vamos misturar ritmos, minhas referências. Não só cantores do sertanejo, mas cantores do funk que tem a ver com o meu Rio de Janeiro, mas como pop, bossa, MPB. O meu DVD, por exemplo, tem oito faixas. O meu noivo, o Guilherme, até participou dos clipes comigo. O primeiro foi o 'Fica a Dica', que gravei com ele e já foi lançado. Mas ainda tem 'A Primeira Vez que Estou Traindo', que não saiu.
PRECONCEITO MASCULINO
Entrar no mundo da música já não é fácil. Mas, segundo Gabi Lima, o fato de ser mulher dificulta ainda mais a chegada nas paradas de sucesso. "Não sinto preconceito por ser mulher no mundo da música. Sinto muito o preconceito dos homens. Sofro muito com isso. Você ver que está se destacando dentro de um cenário que não é comum, que é o sertanejo. O meu sertanejo é um sertanejo pop, é a minha identidade, é uma coisa diferente. Tem muito homem que já cantou comigo, que eu trago pra mim, que me humilham. Em uma ocasião, um cantor fingiu que não tinha tirado a música, ficava pedindo pra fazer de novo. Pessoalmente, ele ainda 'xoxa' (debocha), fala assim: 'Seu 'cachêzinho', isso na frente das pessoas. A força que me faz passar por cima disso tudo é Deus. Minha vida é Deus e se não fosse dentro de mim, eu não conseguiria. Porque você cai e levanta o tempo inteiro. E é uma carreira de cair e levantar. Muita gente desiste quando cai, e não pode. É o momento da reviravolta que pode vir o tudo. Não desisto porque é a minha vida. Não me imagino de uma outra maneira, tenho minha missão. Já tenho isso convicto dentro de mim. É passar alegria para as pessoas, as pessoas entrarem no meu show de uma forma e saírem de outra. Quero que minha música seja transformadora".
LADO A LADO COM OS ÍDOLOS
Fã de carteirinha das cantoras Perlla e Luka, Gabi brinca sobre sua reação quando for gravar para o canal do Youtube da Perlla, o Cantinho da Perlla. "Quando eu sou fã, eu falo mesmo e não tem essa, não. E eu sou muito fã da Perlla, é coisa da minha infância, minha época do colégio. Época que eu tomava toco de todo mundo. Eu amava. A Luka também. Cantei muito o 'Tô nem Aí', na época da 'Malhação'. Pra mim, vai ser uma coisa muito louca, mistura de sentimentos. Não sou de fazer tipo, não sei se vou chorar por estar com pessoas que eu admirei, admiro, e que cantei muito. Vou chamar elas pra fazer um feat, uma música. Coloca aí que eu quero", diverte-se.
ENCONTRO COM MARLON WAYANS
No Camarote da Itaipava, na Marquês de Sapucaí no Carnaval, a cantora encontrou o astro norte-americano Marlon Wayans, famoso pelo filme 'As Branquelas' (2004). "O segurança do Marlon é um conhecido meu há bastante tempo, ele vai aos meus shows. Lá no camarote, ele me apresentou o Marlon. Eu estava com o Guilherme do meu lado. Não foi nada demais, mas fiquei tão feliz. A gente se conheceu, tiramos foto. Postei. Ficamos lá trocando uma ideia. Só que depois que eu publiquei a foto no Instagram, ele repostou a foto. E foi ele quem fez a foto. Porque eu disse que queria uma foto, então, ele foi e pegou o telefone e tirou", conta.
O SUCESSO DO XADREZ
A personal stylist Izabela Binatti afirma que o xadrez está em alta. "O xadrez é atemporal, mas sempre volta no outono-inverno com força total. É uma peça curinga no guarda-roupa. Dá para montar vários looks com essa estampa. Dá pra ir do casual ao chique. Ou seja, no dia a dia, dá para montar composições com tênis, combinar a estampa com roupas mais descolada, como calça e blusa e até mesmo vestidinhos. Mas também dá para usar o xadrez em tecidos mais finos, que podem ser usados com salto alto", diz ela.
É mais comum ver o xadrez nas cores vermelha e preta. "É mais comum a gente encontrar essas estampas nessas cores, mas isso não significa que a gente não possa colocar mais cores. Com o xadrez preto e branco, dá para combinar com as cores fortes da estação: como terra, mostarda, verde militar. Para as mais ousadas, dá para misturar o xadrez até com outras estampas, é o caso do animal print", avalia Izabela, que garante: "Essa estampa é muito democrática. Dá para todo mundo usar. Dos mais novos aos mais velhos e dos gordinhos aos magrinhos", brinca.
Os acessórios também são um ponto forte na produção. "A variação dos acessórios pode mudar completamente uma produção. Com o acessório correto, a gente consegue até mudar o estilo de uma roupa", comenta a personal stylist.
