Gardênia Cavalcanti, apresentadora do Band Mulher - Divulgação
Gardênia Cavalcanti, apresentadora do Band MulherDivulgação
Por O Dia

No comando do 'Band Mulher', exibido de segunda a sexta, às 14h, na Band Rio, a decidida e doce Gardênia Cavalcanti abre o verbo sobre sua vida e temas que atraem o público feminino.

CAMINHO CERTO

"Perdi meus pais muito cedo. Mas tive uma avó extremamente forte. Ela criou sozinha minha mãe, que se casou aos 14 anos. Quando nasci, ela tinha 15. E minha avó, que foi professora e diretora de colégio, ajudou a me criar. Uma coisa que me norteou foi que, desde muito cedo, comecei a ir à Igreja Batista. Não estou falando de religião, mas de fé. E escolhi os melhores caminhos. Se eu falar para você que não houve propostas para uma vida fácil... Foram milhões! Diziam: "Escolha o que você quiser", e eu sempre respondi não".

ASSÉDIO

"A gente tem que ter bom senso para saber o que é paquera ou alguém que tenta lhe desrespeitar. Há diferença. Só que tudo está virando assédio. No Carnaval (na Band), a gente aderiu à campanha do "Não é não". Lembro que, no Carnaval, eu jovem, solteira, quando pegavam no meu cabelo, dizia "obrigada" e saía. Agora, é desrespeito. Mas se for um assédio que denigra a mulher, aí é outra coisa: é preciso denunciar na delegacia".

FEMININISMO

"A gente continua na luta, mas a mulher já conseguiu mostrar-se como é. Lógico que em uma relação você tem que se impor, não abaixar a cabeça. Mas acho que o diálogo é sempre mais importante. Toda hora escuto: "Somos mulheres e não precisamos de homens". Lógico que há aquelas que não precisam; e homens que preferem viver sozinhos. Mas acho maravilhoso ter meu companheiro, dividir com ele problemas, anseios, alegrias... O casal tem que ser companheiro, ter muito diálogo e união".

FEMINICÍDIO

"Os números são cada vez mais alarmantes. A cada duas horas uma mulher é assassinada no Brasil. Mas muita gente não denuncia maus tratos por vergonha, por medo de desfazer a família, por não ter como se manter. E sofre agressões, assassinatos... Homem que é homem não bate em mulher, que dirá tirar a vida dela. É assim que educo meu filho, de 9 anos. Ensino que somos iguais, que os homens choram, sim, e precisam ter sensibilidade".

MATERNIDADE

"Acho que maternidade é necessária para quem tem vontade. O sonho da minha vida era ser mãe. E do Miguel, do menino que eu tive! Mas tenho amigas que optaram por não ter filhos e são muito felizes. As escolhas têm que ser respeitadas. Tem um ditado que diz: "O acertado não sai caro pra ninguém". Maternidade é essencial para as que desejam, mas há mulheres que não nasceram pra ser mães".

AMOR OBSESSIVO

"Sempre comprei minhas roupas, saio e já viajei sozinha. Meu marido também sai. Acho que tem que haver confiança em um relacionamento. A partir do momento que se está com alguém, vejo da forma que Renato Russo escreveu: "Estar-se preso por vontade". Amar é isso. Graças a Deus, nunca vivi um relacionamento obsessivo. Outro dia, fizemos uma matéria sobre mulheres que amam demais. Mulheres lindas, com autoestima abaladíssima, que deixam os homens manipularem suas vidas. E aceitam as humilhações. Acho que as que vivem assim devem procurar um grupo de apoio, um psicólogo, uma ajuda".

 

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